Os leitores merecem mais respeito por parte de alguns jornalistas! Nos dias atuais, vemos, com tristeza, verdadeiras agressões, no que diz respeito à informação pública, oportunidades em que se distorcem os fatos e predominam os comentários ideológicos.
A notícia se transformou em “opinionismo”. Deixou de ser o registro dos acontecimentos para se transformarem em opiniões sobre alguma coisa que aconteceu.
O jornalismo, ao que nos consta, se tornou um charlatanismo. Todo mundo virou “jornalisteiro.
Quantas saudades tenho do velho “Repórter Esso”, onde fiz estágio para redator, quando aprendemos a botar no ar a notícia correta ocupando breve espaço de tempo.
“Ontem, 25 de julho de 1966, no saguão do Aeroporto dos Guarapes, explodiu uma bomba, matando várias pessoas. Acredita-se em atentado. Logo mais, no “Jornal do Commércio no Ar”, apresentaremos os detalhes da lamentável ocorrência.”
Hoje, os procedimentos estão diferentes. Alguns profissionais e suas empresas – através dos editoriais – têm como meta básica, impregnar a população com suas mensagens, após bem estudadas formas para torcer os fatos, em troca de publicidade ideológica, quase sempre ocultas; ou propinas disfarçadas por “merchants”.
Os que se dizem jornalistas nestes tempos, aparecem como atores. Alguns programas de televisão assemelham-se a um teatro, cujos cenários são formados por telões, poltronas confortáveis e vários “opinadores”, que desenvolvem, entre si, comentários elaborados por um roteiro editorial previamente combinado.
Nem sempre estão habilitados a discutir assuntos mais relevantes. Por trás dos bastidores, acredita-se que estão ligados à política do “quem dá mais”. Tornaram-se marionetes; membros de um teatrinho de bonecos.
Apresentam versões determinadas pelos editores, fugindo da notícia real, muitas vezes requentando-as. E criminosamente torcendo o real pelo “imagional”.
Triste fim da notícia séria, verdadeira!
Alterada em sua essência, disforme do seu princípio básico de seriedade, bem poder-se-ia chamar, não jornalismo, mas, opinionismo!
Apoio seu comentário, sr. Carlos Eduardo. Hoje em dia a imprensa é 90% puxa saco. Besta Fubana e O Antagonista são raridades. No entanto sabemos que só jornais de oposição como esses dois é que defendem os interesses do povo.