A história do Brasil é recheada de passagens políticas. Tanto antes, quando depois do golpe de 1964, a situação é controvertida. Festejada pelos governos populistas.
Apesar da mudança de presidentes, a chateação são os graves problemas brasileiros permanecerem intactos. Torrando a paciência da população.
O governo de Getúlio Vargas, em quase duas décadas de duração, provocou mudanças de investimentos para a industrialização. Desentendimentos não faltaram. Marcou o fim da oligarquia cafeeira. Com a ditadura de Varga, o Congresso e o empresariado foram para a oposição. Estimularam os Altos Comandos planejar a sua destituição. Então, pressionado, Getúlio disparou um tiro no peito na madrugada de 21 de agosto de 1954.
Em 1956, assumiu Juscelino Kubitschek. Trouxe o inovador plano de desenvolvimento econômico e social acelerado. A meta era desenvolver “Cinquenta anos em cinco”.
De fato, promoveu a industrialização. Implantou as indústrias de base, fortaleceu a infraestrutura, fez a substituição de importações, abriu o mercado ao capital estrangeiro. Cativou a indústria automobilística.
Os erros de JK foram a multiplicação da Dívida Externa, a ardente repressão aos movimentos trabalhistas e a imbatível corrupção.
Na sequência, surgiu Jânio Quadros, em janeiro de 1961. Curtíssimo, o governo só durou sete meses. O intuito de Jânio era alterar a política externa e tentar ajeitar os conturbados negócios internos. Mas, o resultado foi decepcionante.
A vassourada não limpou, pelo contrário, sujou. Encorajou a corrupção, desmoralizou o cenário político, não sufocou a inflação, não arrumou o déficit público, embora tenha aprovado a reforma cambial, reduzido o crédito na praça e congelado o salário mínimo. Como proibiu os desfiles de biquínis, as brigas de galo, o lança-perfume e as corridas de cavalo, dançou. A pisada de bola foi evitar uma reunião com o presidente John Kennedy, Estados Unidos, e a condecoração a Ernesto Che Guevara, líder revolucionário cubano. Depois desses atos, Jânio teve de renunciar. Rápido.
O vice de Jânio, João Goulart, que estava em missão internacional para fechar negócios de cooperação comercial com a China, teve de apressar o retorno ao país e assumir o cargo vago.
A marca do governo de João Goulart incomodou pela radicalização e pela instabilidade política. Como não emplacou a experiência democrática, o sonho do brasileiro da época, acendeu a chama da agitação popular. Aí, cresceram os partidos políticos, duplicou a quantidade de sindicatos de trabalhadores, aceitou a projeção do movimento estudantil.
As causas da agitação foram diversas. Endividamento externo, a compressão da renda do trabalhador pela inflação, a nacionalização das minas de ferro de Minas Gerais, que desagradou os Estados Unidos, e finalizou com as reformas de base, nas áreas agrária, tributária, educacional, urbana, eleitoral e bancária que não aconteceram de fato.
Insatisfeita, a imprensa atacou o governo, o empresariado se aliou às Forças Armadas e com o aval dos Estados Unidos, iniciaram os trâmites para a tomada de poder. Então, em meio aos movimentos, como o Comício da Central do Brasil, a Marcha da Família pela Liberdade e as crises militares, que resultaram numa rebelião fardada, serviram de pretexto para depor o presidente Goulart.
Temendo uma ditadura comunista, os militares, apoiados pelo empresariado e pelos Estados Unidos, tomaram o poder. De 1964 a 1985 introduziram o regime militar com os seguintes propósitos. Censura à imprensa, restrição à liberdade e perseguição aos opositores do regime, regido apenas por uma única instância, o autoritarismo.
Nos 21 anos de regime, 5 militares assumiram a presidência da República. O objetivo era restaurar a legalidade, fortalecer a democracia, restabelecer a paz, promover o progresso e a justiça social. Assumiram o Poder, Castelo Branco, Costa e Silva, que implantou os Anos de Chumbo, Médici, Geisel, que ensaiou a abertura política e o governo de Figueiredo, que suportou o declínio do regime militar.
Dentre as propostas saneadoras da Ditadura, constava o combate à inflação crescente, a estagnação do PIB, o câmbio valorizado, os atrasados comerciais e as tarifas públicas defasadas.
Os pontos positivos da fase de opressão foram crescimento econômico, baixa criminalidade, ausência de corrupção, boa educação, indústria modernizada e êxodo rural.
Como fatores negativos, a ditadura impôs a prepotência, censura, perseguição política, tortura, fragilidade democrática, maior concentração de renda, arrocho salarial, desigualdade social, endividamento pessoal e explosão da dívida externa.
Findo o Regime Militar, veio o governo da Redemocratização do país. O do presidente Sarney, um apoiador da Ditadura. Escorado por grupos conservadores, Sarney teve o propósito de arrumar a casa, adotando os famosos planos econômicos, Cruzado, Bresser e Verão. O objetivo era estabilizar a economia, comprimir os gastos públicos, conter a inflação e renegociar a dívida brasileira.
Fatores positivos desse governo: emenda constitucional, que permitiu o voto dos analfabetos, a legalidade de partidos com ideias socialistas e comunistas, o seguro-desemprego, o vale transporte e a Constituição de 1988.
Todavia, uma série de denúncias de corrupção, a forte recessão econômica e a desastrada inflação tornaram Sarney impopular. A impopularidade se sustentou no fracasso ao tentar combater a fraca economia do país que patinava desde o final da década de 70. Um desafio invencível.
Em seguida, assumiu Collor de Melo, o inimigo dos marajás e o defensor dos descamisados, aquelas pessoas que viviam abaixo da linha de pobreza.
De presente, Collor recebeu de Sarney uma inflação com o índice de 1.764,8%. Com inclinação neoliberalista, Collor quis reduzir a intervenção do Estado na economia. Adotou o congelamento de preços, elevou a taxa de juros e os impostos, demitiu servidores, cortou despesas públicas, abriu a importação de mercadorias estrangeiras, privatizou estatais, confiscou a poupança, firmou um baixo valor para a retirada de depósitos bancários.
Acabou acusado de desvio de dinheiro público pelos caras pintadas que pediam o seu impeachment, porém, antes de tal fato acontecer, inteligente, Collor preferiu renunciar ao cargo para não perder direitos políticos.
Com a renúncia, apareceu o seu vice, Itamar Franco. Sem muitos planos, conseguiu dois bons feitos. Estabilizar a economia e controlar a inflação. A crise brasileira incomodava desde 1980. Ninguém mais suportava o insucesso dos planos econômicos, as trocas de moeda e a inflação em alta. Em 1992, a inflação atingiu a marca de 1.109%.
Mas, foi graças à sorte do seu Ministro da Fazenda, FHC, e de uma equipe de economistas, que Itamar lançou o Plano Real. Dividido em três etapas, o Plano venceu os problemas econômicos e derrubou a inflação. Do patamar de 2.477%, registrada em 1993, caiu para 22%, em 1995.
Porém, como o Plano Real bateu recorde na quantidade de privatizações, ter aumentado o desemprego e espremido o poder de compra do trabalhador, abriu as portas para a candidatura de FHC à presidência. Foi fácil, FHC vencer o pleito eleitoral com 54% dos votos e iniciar a fase de dois mandatos.
Em 8 anos de governo, FHC permaneceu com as reformas estruturais, privatizou outras estatais para o capital estrangeiro. Foi nessa que a Vale do Rio Doce, o Banespa e a Telebrás dançaram. Foram vendidos baratinhos.
Os erros de FHC: distribuição de renda desigual, a maioria da população continuou na amarga pobreza, enquanto 20% do brasileiro duplicou a renda.
Na sequência, veio o PT, com Lula na cabeça e com mandato de 8 anos. Embora tenha tirado muitas pessoas momentaneamente da pobreza absoluta, ter mantido a inflação sob controle, diminuído impostos e mantido o Real estável, escancarou a porta para a corrupção, com o mensalão.
Com o esquema, deputados, senadores e gestores enriqueceram. Receberam propinas para facilitar os contratos de licitação e liberar obras.
O 36ª presidente do Brasil foi Dilma Rousseff, a primeira mulher a assumir o maior posto do País.
Acusada de improbidade administrativa, Dilma recebeu impeachment em 2016, antes do fim do segundo mandato. O substituto foi o vice, Michel Temer.
Com Temer, foram aprovados a PEC que congelou o orçamento dos investimentos públicos por vinte anos, reduziu a aplicação de recursos públicos na saúde e na educação, aprovou a reforma trabalhista, desobrigou a obrigatoriedade do imposto sindical. Por isso, tornou-se um governo impopular.
O governo de Bolsonaro ainda não se encaixou nos eixos. Por falar sem pensar, não decifrar a conturbada situação política, Jair costuma receber críticas.
Afinal, 80% da população anda insatisfeita com a pesada carga tributária. Os altos impostos desestimulam qualquer projeto de investimento. Enquanto não aprovar a Refirma Tributária, as incertezas inquietarão a economia brasileira.
Agora com a pandemia do novo coronavírus, o Brasil está entre os países que mais fecharam escolas. O desemprego afeta a juventude, 716 mil empresas fecharam as portas. Destas, 600 mil eram pequenas e médias empresas. Desde 2014, as contas públicas persistem no desequilíbrio financeiro.
Com o fechamento de importantes setores como serviços, lazer e turismo, as consequências não são das melhores. As expectativas de derrota, crescem.
O que se sabe é que devido à nova recessão, o PIB brasileiro caiu no segundo trimestre de 2020 em 9,7%. Então, nestas condições, o melhor é deixar a bola rolar para ver o resultado do jogo e, enfim, opinar.
Jair Messias Bolsonaro, quer queiram ou não, é o melhor Presidente que nosso país já teve ou terá, e tem a melhor equipe de ministros da história de nosso país.
O resto é intriga dos desmamados…
Caro Patriota, só discordo de um detalhe. Não existe o melhor presidente. O cara é eleito pra fazer, não é pra brincar e nem encher a cabeça da gente de mentiras e baboseiras. Agora, se o cara só fala, fala e não faz, então rua pro malandro. O Brasil tá mal das pernas porque elege, sem analisar a capacidade do candidato. Aí, depois, fica se lamentando. . .
Há quem diga que JANGO era uma pessoa pacífica e amante da paz e da concórdia. Não acho!!! Sempre o tive em minhas contas, como um frouxo…
Caro Altamir Pinheiro, vc foi claríssimo. Nada da andar com a opinião dos outros e pronto!
Como é que pode?? Esconder todos os erros e incompetência do “gunverno” dilma, a queda do pib em todos os anos de sua “excelente” administração e muitas outras coisas…
Existe uma má vontade incrível com Jair Messias Bolsonaro.
Deixem o homem e sua equipe TRABALHAR!! Estamos no mesmo “barco”… se afundar será ruim para TODOS…
Caro Observador vc sacou tudo. O Brasil tá afundado, faz um tempão, oh! E agora querem impedir que ele se levante. Ora, essa!
Carlos fez um resumo com viés esquerdista da história política do BR nos últimos 90 anos (de Getúlio até Bolsonaro).
“Temendo uma ditadura comunista, os militares, apoiados pelo empresariado e pelos Estados Unidos, tomaram o poder”.
A implantação de uma ditadura comunista ao modelo cubano no início dos anos 60 no BR era uma realidade. A esquerda apenas brigava se seria um socialismo fabiano ou soviético. pós muita pressão popular e vontade política (sim, Jango deixou vaga a PR e o Congresso votou), Castelo Branco assumiu.
Lula diminuiu impostos? Onde, cara pálida? Foi exatamente o contrário, nunca em tão pouco tempo se aumentou tanto a carga tributária, que passou de vinte e pouco para quase 40% do PIB.
Mais uma vez, tenta-se reescrever a história com as cores vermelhas.
Caro João Francisco a verdade seja dita. Em 2010, a coleta de impostos federais registrou R$ 826 bilhões. Um recorde. O montante superou 2009, que por causa do recolhimento supimpa de R$ 91 bilhões de dezembro, Na verdade, nos 3 primeiros anos do governo Lula, a carga tributária só marcou queda foi em 2003. As promessas de redução da carga tributária rolaram. O que aconteceu de fato foram: os contribuintes que sonegava, foram descobertos, além da adoção de medidas que facilitaram o corte de tributos. O que o país precisa é cobrar juros menores e adotar uma carga tributária menos pesada. Na prática, todos os gestores prometem reduzir a carga tributária, mas o que falta é justamente competência. Isto é são elas.