A fúria escarnece a fé
O ódio envenena a raça
A soberba vira as costas
À mão que pede na praça
E o vinho da intolerância
Abastece a nossa taça
O fanatismo se agarra
Na mão da hipocrisia
A fome grita socorro
A igualdade é tardia
E a lei algema inocente
No chão de uma cela fria
O palor da face humana
Arde perante a cobiça
A manhã desperta tensa
Como quem sente a carniça
E o cão da impunidade
Mija a saia da justiça
Muito atual este texto.
Identifiquei alguns pontos da atual conjuntura política.