RESSACA DE VAQUEJADA
Um sujeito já quase embriagado
Bebe cana com cinco raparigas
Sem notar a zuada de umas brigas
Faz poeira no chão todo animado.
Outro chega da farra já cansado
Prende o burro no pau de uma latada
Sanfoneiro tocou sem ganhar nada
Bota o fole no saco insatisfeito;
“Desmantelo de tudo quanto é jeito
Aparece em bolão de vaquejada”
Cinco horas, o dia amanhecendo
Um caboclo reclama da ressaca
Um pinguço mijando numa estaca
Não faz conta de quem passa lhe vendo.
Outro bebe num bar e sai devendo
Carregando num copo uma bicada
Uma moça vomita embriagada
Cai por cima de um carro de confeito;
“Desmantelo de tudo quanto é jeito
Aparece em bolão de vaquejada”