Minhas narinas ficaram
Dependentes do teu cheiro.
Mote deste colunista
Essa química primitiva
Que possui o teu perfume
Além deste mau costume
Quase me deixa à deriva
A minha mente cativa
Do teu odor feiticeiro
Entrou em teu cativeiro
Depois as grades fecharam
Minhas narinas ficaram
Dependentes do teu cheiro.
Meu olfato te procura
Pelas ruas da cidade
Buscando a saciedade
No coquetel da loucura.
Tem a semelhança pura
Com cachorro perdigueiro
Farejando o dia inteiro
Por onde teus pés pisaram
Minhas narinas ficaram
Dependentes do teu cheiro.
Comprei um contraveneno
Num grande laboratório
Mas se tornou irrisório
Perante o grande veneno
Que tem teu corpo moreno
Esbelto, lindo, trigueiro,
Já devolveram o dinheiro
Pois nesta cura falharam
Minhas narinas ficaram
Dependentes do teu cheiro.