Taquígrafa Quésia de Farias, do Senado Federal, em ação
SEM CONCORRENTES – Guardei nota interessante, veiculada por “circulosa” revista nacional, de 23 de dezembro de 2020, que em sub-título, anunciou: Bolsonaro disputa com ele mesmo porque não tem ninguém à altura para lhe ser antagônico. Por isso tentam desconstruir o Presidente. Cá com meus botões e para o resto do mundo, parece que na próxima, ninguém se iluda, será ele de novo. Mesmo sem ajuda de “páginas amareladas”.
APIMENTANDO HIPÓTESES – Quando Joe Biden, carregando o peso dos seus 80 anos, pegou gás e se candidatou à reeleição na América, ouvi falar que aliados do Prof. Michel Temer, que na época emplacou 82, voltaram a sonhar, apimentando hipóteses.
CONSELHO FILIAL – “Quem sabe se ele não se anima e parte pra cima, de novo?!” Mas Michelzinho apelou: Papai, não volte pra política não! Mamãe taí, nova e bonita pra ser desfrutada!
MACETE EDITORIAL – No meu tempo de foca no jornalismo não se escancarava tanto, nem havia procedimentos para alertar o leitor, através de afirmações em negrito, profundamente tendenciosas. Mas hoje se trata de “macete editorial”.
PÁGINA COMPROVA – Guardei página de periódico circulante em 10 de maio de 2023, quando o titular, além de iniciar a nota castigando Pedro Guimarães, coitado, lembrando que ele foi demitido da Caixa Econômica por “escândalo sexual”. Aliás “escândalo “jornalístérico” diga-se melhor. Esqueceu o “pagineiro” que Pedro foi um dos únicos administradores da Caixa que deixou o cargo sem quaisquer deslizes que maculasse sua trajetória profissional.
CORPO SEM DELITO – Acredita-se que arranjaram uma cidadã, boa de curvas, embora feia de face, que se prestou pra inventar um tipo incomum de assédio: “o cochicho no pé do cangote”. É quando o legista pode afirmar: Há um corpo sem delito, sem prova, sem testemunha!…
NUNCA DEMITIDO – Há tanta seriedade no currículo de Pedrinho, além de Ph.D pela University of Rochester, que a CVM autorizou seu registro como Consultor de Valores Mobiliários. Teve mais, documento da Caixa comprova que ele renunciou. Jamais foi demitido. Foi vítima, sim, da “jornalistaria” desenfreada que domina o País.
VELHAS GARATUJAS – Recordo meus primeiros dias de “Office-boy” no City Bank, em 1952, quando vi D. Edna Rocha Ferreira riscando uns traços num caderninho de entrelinhas bem abertas, enquanto o gerente, Mr. C.L.Hagen, lhe transmitia os termos da correspondência para ser datilografada.
ESCRITA EGIPCIENSE – Achei aquilo engraçado e pensei que era um novo tipo de hieróglifo, aqueles caracteres da escrita do Egito. Mas não era. D. Edna utilizava a Taquigrafia, sistema abreviado que permitia escrever rapidamente; semelhante à velocidade da fala. Uma arte milenar que utiliza sinais fonéticos, onde cada um representa um som.
GRAVANDO PALAVRAS – Anos decorridos, chegou-se a automação. Mesmo assim, a mão da taquígrafa tem que ser extremamente ágil. Papel e lápis tornam isso possível, mas o tablet às vezes falha: a caneta não grava, a operadora tem que voltar e aí já se perdeu a palavra. MELO
TABLETS ACIONADOS – Poucos sabem que a velha taquigrafia ainda não foi abolida. Apenas deixou de ser utilizada em blocos de papel e uso de lápis, para ser trabalhada através de tablets, cujas imagens podem transitar por vários departamentos, instantaneamente, dentro de um processo avançado de automação, segundo a jornalista Quésia de Farias, da Agência Senado.
REDAÇÃO PARLAMENTAR – É bom que se saiba: desde 2017 que a Secretaria de Registro e Redação Parlamentar, do Senado Federal, utiliza o novo processo, a fim de ampliar o registro histórico e economizar mais de seis mil blocos de apanhamentos taquigráficos, por ano.
SENADO TAQUIGRAFADO – No Senado Federal do Brasil são 28 taquígrafas e 24 revisores responsáveis pelo registro de todas as falas, pronunciamentos e debates. No Plenário, o atendimento acontece em tempo real, com as taquígrafas presentes, revezando entre si. Depois, o documento é enviado para revisão, que disponibiliza o texto no site da instituição. A integração leva cerca de 50 minutos para ser publicada na internet.
OUVIDO ATENTO – Mesmo sendo um ofício antigo, implementado no Brasil durante a Assembleia Nacional Constituinte de 1823, e logo em seguida no Congresso Nacional, a diretora Quésia de Farias considera que não existe tecnologia capaz, até agora, de substituir o ouvido humano e a atenção do taquígrafo.
MERAS GARATUJAS? – Pois sim!… Aquele processo que eu percebi no velho The National City Bank of New York, que já se usava há tantos anos, se inovou, deixando de ser, para muitos, um papel escrito com letras diferentes, pouco legíveis e desenhos desajeitados, Mas, nada era do que eu pensava ser: meras garatujas.
Poi bem, estimado Carlos. Quem diria que esse dia chegaria.
Chegou.
Os taquigrafos humanos, assim como muitos outros profissionais, serão em breve dispensáveis.
A tal Inteligência Artificial. A famigerada, com seu amplo espectro, não poupa nade nem ninguém.
Esses profissionais serão os primeiros a serem considerados dispensáveis.
E o que é pior. A malícia e o tendenciosismo nas notícias CONTINUARÃO.
A tal INTELIGÊNCIA já vem contaminada. O banco de dados que a instrui não é isento.
Caro amigo Laudeir Angelo,
Face a um lamentável escorrego – próprio dos meus 89 anos – enderecei por engano uma resposta ao seu comentário para Luiz Berto, o que aqui retifico.
Que bom despertar comentários como os seus, evidentes assertivas de que estamos vivendo num futuro que pensávamos estar longe.
E mal acabamos de pensar já tivemos a certeza de que ele chegou pra valer. Pra acabar extinguindo várias habilidades humanas.
Pra valer, mas, melhor dizendo, acabando com aquilo que mais nos orgulhavamos: a capacidade de possuir saberes e sermos respeitados pelos valores individuais.
Vivi tempos em que éramos valorizados pela condição pessoal: de ter boa caligrafia, de saber a matemática elementar capaz de se somar 40 colunas de uma folha de papel pautado, cheia de valores contábeis, e dar um resultado perfeito; quando éramos respeitados por desenvolver estudos permanentes para evoluir em cada profissão.
Logo perdemos para as mais diversas máquinas eletrônicas, todas estas vantagens.
Os programas de computador nos deram uma rasteira, deixando todos esses valores apenas para os registros de nossas saudades.
E quantas profissões já foram engolidas! O homem que vendia doce-japonês, o sapateiro, o alfaiate, o boegueiro, o datilógrafo-de-cartório, o motorneiro, o condutor, o cobrador de ônibus, o estivador, o verdureiro, o comprador de jornais velhos e garrafas, etc. etc.
Qual de nós poderia afirmar que se pode confiar na Inteligência Artificial, que está abarcando tudo quanto é inteligência humana?
Quem acredita que tal invento – a IA – não possa querer afirmar, aos mais tolos, o indesejável, para promover uma sociedade saudável?
Só a Divina Providência poderá nos responder.
Grato por sua inteligente anotação sobre minha crônica. Caminhamos pela mesma estrada, observando com certa tristeza os fatos que se desenrrolam.
Um abração,
Carlos Eduardo.
Aí, quando pensamos que não temos saída e que “eles” vão mandar, vem a esperança. E temos um exemplo bem aqui.
Homens como Carlos Eduardo Santos:
Gentileza, humanidade e INTELIGENCIA EMOCIONAL.
A “Inteligência” Artificial não vai nos dominar NUNCA.
Essa perspicácia que só os humanos tem, vai nos proteger.
Obrigado por me lembrar disso, Carlos.
Vamos escrever num papel e levar em mãos, a pé. E ler em voz alta, lá na praça, um poema de Jesus, uma crônica de um “fubânico bertiano”.
E mais, pra sacanear, vamos pedir ao Grok para fazer um resumo, com mapa mental e tudo, do conteúdo dos gases de uma flatulência de Luiz Berto.