Alma inquieta e sem rumo, sem morada
dentro do próprio ser, que te acontece?
Para onde vais? Que buscarás na estrada
onde o esplendor do sol desaparece?
Que desejas colher nessa encantada
terra de sonhos? Que dourada messe
supões haver na senda extraviada
onde nem mesmo o sonho permanece?
Olha em torno de ti. Volta e procura
em ti mesma o caminho da ventura
que andas buscando sem saber se existe…
Encontrando-te, enfim, terás a glória
de tornar a existência transitória
mais serena, mais terna, e menos triste.
Maria Braga Horta, Muriaé-MG (1913-1980)
Maria Braga Horta é mãe dos colunistas fubânicos Anderson Braga Horta e Goiano Braga Horta.
Uma Horta (ou seria pomar?) especial, que deu belos frutos. Uma pena que o tempo passa ou é uma dadiva o passar do tempo?
Sancho, realmente, muito me honra ser um dos frutos dos Horta. E tens toda razão em lançar essa questão: É uma pena que o tempo passa, ao mesmo tempo que se o tempo não passasse o tempo não passaria…
GOIANO,
Se orgulhe de felicidades.
Você teve uma grande mãe, de talentosa para cima, e cheia de virtudes e sensibilidades. Além de tudo: Linda!
Ah, Cícero, sou puro orgulho de felicidade de ter nascido dessa Mãe de tantos talentos, virtudes e sensibilidades, além de linda e maravilhosa!
Nunca me canso de ler e reler esse que é um dos mais belos poemas que conheço! Exortação!
Use sua inteligência e sensibilidade de um filho que nunca deixou de amar a mãe querida, nunca a esqueceu, vive para ela porque foi ela que o pôs no mundo, e escreva uma crônica dedicada a ela como o fez aqui Dr.º José Paulo para sua querida e inesquecível Maria Lia Faria Cavalcanti?
A Confraria Fubânica agradece!