VIOLANTE PIMENTEL - CENAS DO CAMINHO

BR-3 é uma canção composta por Antônio Adolfo e Tibério Gaspar, defendida por Tony Tornado no V Festival Internacional da Canção de 1970. Trata-se de uma canção soul music.

Tony Tornado, nome artístico de Antônio Viana Gomes, é um renomado cantor e ator brasileiro, nascido em 26 de maio de 1930, em Mirante do Paranapanema, São Paulo.

Tony Tornado teve uma infância difícil. Aos 12 anos, fugiu de casa e se mudou para o Rio de Janeiro, onde viveu como menino de rua, vendendo amendoim e engraxando sapatos. Aos 18 anos, serviu na Escola de Paraquedismo de Deodoro e, em 1957, lutou no Canal de Suez.

A canção BR-3, foi defendida por Tony Tornado, no V Festival Internacional da Canção de 1970, onde conquistou o primeiro lugar. É um ícone da Black Music nacional e deu nome ao primeiro álbum da carreira de Tony Tornado.

Essa composição representa a Corrida Contra o Tempo e o Sistema, uma poderosa crítica social embalada pelo ritmo da soul music brasileira.

A letra da canção, que se repete em um refrão contagiante, fala sobre a corrida incessante na BR-3, uma metáfora para a vida e suas adversidades. A repetição das frases ‘A gente corre’ e ‘A gente morre’ na BR-3 sugere um ciclo vicioso de esforço e fatalidade, onde as pessoas estão constantemente em movimento, mas também constantemente enfrentando o risco de morte.

O trecho que menciona um ‘foguete rasgando o céu’ e um ‘Jesus Cristo feito em aço’ pode ser interpretado como uma crítica à modernidade e ao progresso tecnológico que, apesar de avançados, ainda são incapazes de salvar a humanidade de suas próprias mazelas. A imagem de Jesus Cristo crucificado novamente evoca a ideia de sofrimento recorrente e a ineficácia das soluções oferecidas pelo sistema.

A ‘viagem multicolorida’ e o ‘novo herói de cada mês’ podem representar as distrações e as efêmeras figuras de idolatria que surgem na sociedade, desviando a atenção das questões mais profundas e perenes. A ‘notícia fabricada’ e o ‘crime no longo asfalto’ apontam para a manipulação midiática e a violência que permeiam o cotidiano, sugerindo que a realidade é muitas vezes distorcida ou ignorada. Em suma, BR-3 é um retrato crítico da sociedade, que desafia o ouvinte a refletir sobre a direção em que estamos correndo e o preço que pagamos por isso.

O trecho que menciona um ‘foguete rasgando o céu’ e um ‘Jesus Cristo feito em aço’ pode ser interpretado como uma crítica à modernidade e ao progresso tecnológico que, apesar de avançados, ainda são incapazes de salvar a humanidade de suas próprias mazelas.

A imagem de Jesus Cristo crucificado novamente evoca a ideia de sofrimento recorrente e a ineficácia das soluções oferecidas pelo sistema.

A ‘viagem multicolorida’ e o ‘novo herói de cada mês’ podem representar as distrações e as efêmeras figuras de idolatria que surgem na sociedade, desviando a atenção das questões mais profundas e perenes.

A ‘notícia fabricada’ e o ‘crime no longo asfalto’ apontam para a manipulação midiática e a violência que permeiam o cotidiano, sugerindo que a realidade é muitas vezes distorcida ou ignorada.

Em suma, BR-3 é um retrato crítico da sociedade, que desafia o ouvinte a refletir sobre a direção em que estamos correndo e o preço que pagamos por isso.

A gente corre (E a gente corre)
Na BR-3 (Na BR-3)
E a gente morre (E a gente morre)
Na BR-3 (Na BR-3)

Há um foguete
Rasgando o céu, cruzando o espaço
E um Jesus Cristo feito em aço
Crucificado outra vez

A gente corre (E a gente corre)
Na BR-3 (Na BR-3)
A gente morre (E a gente morre)
Na BR-3 (Na BR-3)

Há um sonho
Viagem multicolorida
Às vezes ponto de partida
E às vezes porto de um talvez

A gente corre (E a gente corre)
Na BR-3 (Na BR-3)
A gente morre (E a gente morre)
Na BR-3 (Na BR-3)

Há um crime
No longo asfalto dessa estrada
E uma notícia fabricada

Pro novo herói de cada mês

9 pensou em “EVOCANDO O V FESTIVAL INTERNACIONAL DA CANÇÃO-BR-3

  1. Excelente, viajei no tempo!
    Pra mim esta música é inesquecível. Sou nascido em Juiz de Fora – MG e transitava constantemente na BR-3, de automóvel e em alguns trechos de bicicleta. A BR-3 ( Sistema antigo de numeração das rodovias federais brasileiras) era a denominação de parte da atual BR-040 até 1964, no trecho que ia da cidade do Rio de Janeiro até Belo Horizonte, passando por Duque de Caxias, Petrópolis, Areal, Três Rios e Comendador Levy Gasparian no estado do Rio de Janeiro e Simão Pereira, Matias Barbosa, JUIZ DE FORA, Ewbank da Câmara, Santos Dumont, Barbacena, Congonhas e Conselheiro Lafaiete em Minas Gerais. Abrangia as rodovias Washington Luís (Rio-Petrópolis) e a Estrada União e Indústria. Em tempo: A Estrada de Rodagem União e Indústria foi a primeira estrada de “macadame” da América Latina , ligando as cidades de Petrópolis e Juiz de Fora, no sudeste do Brasil . Foi inaugurada em 23 de junho de 1861 pelo Imperador Dom Pedro II.
    MACADAME é um tipo de construção rodoviária criado pelo engenheiro escocês John Loudon McAdam por volta de  1820 , no qual a brita é colocada em camadas rasas e convexas e compactada completamente. Uma camada de pó de pedra (brita do material original) pode se formar; após a compactação, ela também pode ser coberta com um ligante de cimento ou betuminoso para manter o pó e as pedras juntos. O método simplificou o que era considerado tecnologia de ponta até então.
    Fonte: Wikipédia

  2. Obrigada, prezado Deco, pelo comentário gentil e altamente instrutivo. Gostei imensamente de conhecer detalhes tão importantes e históricos da BR-3. .Recebi uma verdadeira e importante aula de uma pessoa ilustre, conhecedora do assunto. referente às rodovias do Brasil. Parabéns! Com certeza, acredito que você seja Engenheiro e Professor.

    Um agraço!

    • Em tempo: Talvez o mais importante não detalhei. A BR-3, era muito perigosa, aconteciam inúmeros acidentes, até a construção de um novo traçado da estrada, ou seja, da BR 040. Os automóveis tinham evoluídos, mas a estrada não, naquela época. Era uma curva atrás da outra. Os antigos diziam, que o traçado da estrada, tinha sido construído seguindo o andar dos cavalos. De um lado era uma montanha e do outro um rio. Talvez por este detalhe é que Antônio Adolfo e Tibério Gaspar escreveram que: “A gente corre. E a gente morre na BR-3.

  3. Prezada Violante Pimentel, quem deveria agradecer, mais uma vez, seria eu, por reviver minha juventude. Sou da área de engenharia na área de eletrotécnica, formado na minha terra Juiz de Fora, sendo que saí de lá jovem e em São Paulo trabalhei na área técnica até conseguir formação na área de Adm. de Empresas e de Marketing, quando então saí da área técnica, por isso na minha vivência profissional estive sempre envolvido com apresentações e seminários. Gostaria de até ter sido professor, mas aposentei e passei a fazer trabalhos de consultoria. Na pandemia parei completamente de trabalhar. Hoje, ajudo minha única filha de 23 anos construir o seu futuro. Agora, no final, parabéns e agradeço mais uma vez, pedindo que continue a escrever sobre coisas boas do nosso cotidiano no JBF. Um grande abraço.

  4. Prezado DECO, bom dia! Seu novo comentário veio complementar minha admiração por você, no tocante ao seu talento, e á sua capacidade de transmitir conhecimentos. Garanto que aprendi muito com você e sou-lhe grata pelos conhecimentos que me transmitiu.
    Por coincidência, a Globo transmitiu ontem à noite, depois do Globo Reporte, um “Tributo a Tony Tornado”, um relato muito completo sobre a vida dele. Sensacional!

    Grande abraço e um excelente domingo!

  5. Prezada Violante Pimentel, muito obrigado pela informação do programa referente ao ““Tributo a Tony Tornado”, irei procurar no “you tube” para vê-lo, bem como recordar os anos 80, isto porque, enquanto o Tony Tornado começava sua vida no Rio de Janeiro, eu também estava iniciando a minha vida profissional, exatamente na região que ele havia saído. Na década de 80 eu participei do planejamento e de projetos de linhas de distribuição e subestação de energia elétrica, para a construção da Usina de Porto Primavera, localizada no município de Rosana, praticamente vizinho ao município de Mirante do Paranapanema, terra do Tony Tornado. Portanto, conheci muito bem aquela região do estado de São Paulo, pois fui diversas vezes lá. A vida tem dessas coisas!
    Bom fim de tarde e também um excelente domingo. Muito obrigado e me sinto lisonjeado com suas carinhosas palavras ao meu respeito. Fico no aguardo de mais uma publicação de seus excelentes artigos, no nosso Jornal da Besta Fubana, do querido Editor Luiz Berto.

  6. Obrigada por mais um comentário, prezado Deco! Seu currículo é brilhante!
    Mais uma vez, parabéns pela rica trajetória!

    Tudo de bom!

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