O alto fulgor desta paixão insana
Há-de cegar nossos corações
E deserdados da esperança humana
Palmilharemos por escuridões…
Não mais te orgulharás da soberana
Beleza! e eu, minhas cálidas canções
Não mais dedilharei com mão ufana
Na harpa de luz das minhas ilusões!…
Pela realização que ora se ultima
Vai apagar-se em breve o alto fulgor
Que te inflama e ilumina o meu desejo…
Como no último verso a última rima,
Eu deporei, sem gozo e sem calor,
Meu derradeiro beijo no teu beijo!
Mário Raul Morais de Andrade, São Paulo-SP (1893-1945)
Aproveitei seu descuido e afanei a frase: “O alto fulgor desta paixão insana”.
Vou dar de presente para a Bárbara, aquela que está sempre aqui no JBF em forma de vídeo.
Barbaridade Tchê !. Um bárbaro barbarista!.