Fim de semana começando, dia se abrindo, e, mais tarde, antes de o sol se pôr, encontrar Bernardo, Vinicius e Leonardo brincando no parque, comendo pipoca e andando de bicicleta. Lábios sorridentes, os meus, muito mais que os deles … Não mexam no mundo: deixem-no onde está e desliguem os rádios e as TVs que moram aqui em casa. Escondam meus óculos: não quero ler jornais. Meu celular, descarregado, vai permanecer na mais recôndita das gavetas, juntinho do Notebook.
DEIXEM O MUNDO QUIETO
Coloquem o cadeado na gaiola da tristeza, pendurem-na em inalcançável altura e joguem a chave na profundeza abissal dos mares. Que bom seria se todos os dias fossem sábados, sem segundas ou terças-feiras. Sábado é o dia em que o sol é mais bonito e nasce mais feliz, sem saudades da lua. Dia de sorrir, abraçar, olhar as flores e sentir o vento alisar a gente. De armar a rede e se permitir o balanço, ouvindo Beatles ou os passarinhos. De abrir a janela e contemplar o tempo, a vida. Mas, principalmente, dia de ir ao Parque ao encontro de meus ídolos.
SÁBADO DE MUITAS HORAS
Os sábados deveriam ter bem mais que as 24 horas de um dia comum: intensos e calmos ao mesmo tempo e com cobertura de carinho o dia todo, até chegar a noite e o dia seguinte, um outro Sábado, quisera. Hoje é dia de ser feliz. Quem sabe depois eu veja tudo o mais que não importa. Quando voltar, já noite, acaso lembre, tomarei a Aspirina diária que esqueci de tomar. Quem dera a vida fosse de sempre Sábados e que não desse tempo de eu ficar triste … Hoje, não! Hoje eu só quero curtir os três: sejam benvindos, Bê, Vini e Léo. Podem entrar: meu coração é casa de vocês.
E o melhor do sábado é ver que o avô Xico Bizerra não é coruja.
Coruja? Nem um pouco. Abestalhado qualifica melhor.
Deixem o mundo quieto, em paz, para Bernardo, Vinícius e Leonardo brincarem, respirando liberdades.
Deixem-nos ser felizes na simplicidade do vovô, que só lhes desperta o bom da Vida: o amor!
Abraçaço, Xico, e xêros nos netos lindos.
Se não tivesse que dormir com a vovó não haveria felicidade maior – neste mundo – do que ser vovô.
Ao Cícero e Adail ‘Triplo A’ o abraço fraternal do avô que, de tão Coruja, nem se importa de dormir com a Avó, também Coruja, formando um bando feliz.