MAURÍCIO ASSUERO - PARE, OLHE E ESCUTE

Até 2017 não se falava em Bolsonaro como uma opção de candidatura a presidente da república. Geraldo Alckmin, por exemplo, tratou sua candidatura como “folclórica” chegando a dizer que o Brasil tinha maturidade para não apoiar esse tipo de coisa. Diversos especialistas de programas de debates políticos, em diversos canais de comunicação, ironizavam suficientemente a proposta e concluíam, sempre, que “ele não tem a menor chance de ser eleito”. Contra todos os prognósticos, Bolsonaro foi eleito e desde 2018 duas palavras foram usadas largamente: bolsonarismo e fascismo.

Eu publiquei um texto no facebook mostrando o que era fascismo, segundo o Dicionário Político de Noberto Bobbio e enfatizando que o Brasil não tinha o ambiente descrito por Bobbio para justificar a denominação. Goiano Braga me respondeu que “fascismo era só a forma de se referir ao governo Bolsonaro”.

Ao longo de 2018, mais precisamente a partir do anúncio de vitória de Bolsonaro, o Brasil mudou “da água para o vinho” em diversos aspectos. O primeiro deles foi em termos econômicos. Na primeira semana de novembro de 2018 a Bolsa de Valores ultrapassou os 100 mil pontos. Veja bem: uma semana após a vitória e sem a diplomação! Já em janeiro, na primeira semana de governo, com Guedes no ministério da Economia, a Bolsa chegou a 115 mil pontos. A confiança da indústria voltou e a reconstrução de fundamentos econômicos levou o país a um crescimento econômico de 1,1%. Pouco? Certamente, mas possível dentro de um cenário catastrófico que o país saíra do governo de Dilma.

Do meu ponto de vista, o governo se sustentava em dois bons ministros: Sérgio Moro e Paulo Guedes, mas fui surpreendido rapidamente com a atuação de Tarcísio de Freitas e Teresa Cristina que, em dois setores importantes fizeram um desenho do que poderia ser o Brasil nas mãos daquela equipe. O primeiro fez obras no Brasil inteiro e terminou a transposição do rio São Francisco que estava parada desde o governo Lula. Teresa, incrementou políticas que solidificaram o agronegócio como o setor de maior contribuição para a balança comercial. Fechamos o ano com Paulo Guedes eleito o melhor Ministro da Economia do mundo. A política fiscal, calcada na redução da dívida via concessões e privatizações, começou a apresentar resultados e em 2019, Roberto Campos foi eleito o melhor presidente de Banco Central do mundo.

Foram inúmeras ações, foram inúmeras obras, devidamente, acabadas e eu gostaria muito que qualquer opositor a Bolsonaro dissesse o nome de uma única empreiteira que tenha levado vantagem com subornos. Eu posso citar: Odebrecht, OAS, UCT…, mas, estas eram empreiteiras dos governos do PT. Chegamos a 2020 e veio a pandemia com os efeitos esperados eram de recessão, mas o Brasil caiu menos que outros países em termo de PIB e chegou ao final de 2021 com inflação mais baixa do que Estados Unidos e Reino Unido só para citar dois casos.

No meio desse caminho, começa a surgir uma força externa que começou a limitar e interferir nas ações do governo: justiça brasileira, representada por essa estrutura desmoralizada chamada STF. Não vi a capacidade tão grande de reunir canalhas por metro quadrado como aquela. O STF começou a trabalhar para desestabilizar o governo. Na pandemia, deu aos governos estaduais mais poderes do que ao presidente da república. Vetou a indicação de nomeações que era prerrogativas do presidente. Passou, descaradamente, a fazer oposição ao governo, inclusive ameaçando o congresso com fez Barroso ao ameaçar os deputados que estavam tratando do voto impresso.

Não bastasse tudo isso era preciso um golpe de misericórdia: tirar Lula da cadeia, homologar a candidatura dele, fazê-lo presidente, caçar os inimigos de Lula, como Deltan e, por fim, tornar Bolsonaro inelegível por um crime que não está tipificado. Reunir-se com embaixadores é prerrogativa do presidente da república e emitir opinião sobre a fragilidade das urnas eletrônicas é um direito de expressão apoiado na carta magna. Mas, o pior ainda estava por fim: Zanin no STF. Ou seja, o fortalecimento da política protecionista a esse bandido descarado que preside o Brasil.

Decididamente, Bolsonaro perdeu uma grande oportunidade enterrar de vez as pretensões da esquerda nesse país. Perdeu chance quando colocou Braga Neto como vice mesmo tendo Teresa Cristina como um cabo eleitoral excelente. Seu enfretamento foi feito de forma desorganizada e infantil. Poderia ter trabalhado mais ao invés de ficar perdendo tempo com bobagem.

Quem nega tudo isso pode ser chamado de negacionistas? Não creio. As pessoas que votaram em Lula, fizeram-no porque queriam tirar o “fascismo” do país, mas isso veio acompanhado de argumentos fortes dados pelos próprios eleitores de Bolsonaro que ao invés de externar políticas e resultados que estavam sendo alcançados, preferiram ficar postando mentiras e bobagens sem pé nem cabeça.

A reconstrução do Brasil está apoiada no governo de Tarcísio de Freitas. Só temos uma opção para 2026: Tarcísio e Zema. Ambos têm caráter e votos. Governam os dois maiores colégios eleitorais do Brasil. Se não abraçarmos já esta ideia, vamos ver merda feder por mais tempo. E até lá os donos do poder se sentirão donos do Brasil.

11 pensou em “DONOS DO PODER

  1. Assuero vc está certíssimo, acrescento mais ainda, apesar do nosso regime político podre, teremos a oportunidade de trocarmos 2/3 do senado, que nosso Pai Celestial ilumine essa nação e coloquemos pessoas com um mínimo de respeito às leis e a liberdade.

  2. Tarcísaio e Zema são bons gestores, estão fazendo um ótimo governo em seus estados, mas têm pouco carisma.

    Na esquerda, não sei se o Mula sobrevive aos 4 anos de seu desgoverno. Não há sucessores naturais ao Ladrão. Vai ser um pega-prá-capar.

    Já a 3ª via, a esquerda sapatênis, ou a “direita permitida” terá apoio de grande parte da mídia e do Sistema.

    Bolsonaro será o grande eleitor. O resultado da eleição municipal do ano que vem fará muita diferença para 2026

    • João, qualquer cara com pensamento esquerdista chega com ideias arcaicas que o estado deve sustentar a miséria com programas sociais e não buscar atenuar com incentivos produtivos, geração de emprego, etc. Veja o caso do Ciro Gomes: atacou Lula durante a campanha, mas em 2018 buscou apoio do PT prometendo indultar Lula, inclusive. Continua atacando Lula porque acha que terá chance em 2026, mas o PDT é um partido da base de sustentação de Lula. Muitos deputados do PDT montaram comitês com a imagem de Lula e não de Ciro. Não tem ninguém que traga uma proposta como a de Guedes, com a competência de Roberto Campos. Lembro que em 2024, teremos um novo presidente do banco central que vai continuar pelo próximo governo seja do PT ou não. Então, a desgraça pode ser maior. Tarcísio e Zema precisam ser incentivados urgentemente.

  3. É caro Maurício, sou de Alagoas e conheço a família do Renan da origem, joguei pelada com um irmão dele e o próprio filho que é ministro hoje. Dá ânsia de vômito vê a gadaiada manter essas pústulas perpetuando-se no poder. Triste!

    • A leniência da justiça encontra respaldo na incapacidade do congresso nacional. Uma grande parte do congresso é formada por políticos que são investigados por toda sorte de desvios. O caso mais recente foi a cassação de Deltan. Lira fez aquele protesto público dizendo que só quem podia cassar deputado era a câmara e o STF colocou em pauta a investigação contra ele. O que foi feito? A mesa diretora da câmara aprovou a cassação e a ação penal contra Lira foi arquivada. Simples assim. Para mim, Renan é o segundo maior corrupto do Brasil.

  4. Assuero, a verdade é que o Brasil não é mais uma democracia, e esse câncer esquerdista não vai sair tão cedo do poder. A perda do mandato do Dallagnol, a inelegibilidade do Bolsonaro é só o começo…a esquerda vai fazer de tudo para inviabilizar qualquer candidato de direita, até fazer como o Maduro faz com seus opositores, simplesmente banir qualquer candidato que ameace seu projeto de poder. Já viramos uma Venezuela, estamos rapidamente a caminho da Coreia do Norte.

  5. Pingback: CAMINHANDO PRA CORÉIA | JORNAL DA BESTA FUBANA

  6. Dr. Assuero:
    – Uma correção: o ministro que concluiu a transposição foi o Rogério Marinho;
    – Uma divergência: pra mim, o que fez a diferença em favor da quadrilha foram interferências indevidas em vários momentos da eleição.

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