O jornalista e eu
Ele:
– Vamos falar de afastamento social.
Eu:
– Vamos falar de distanciamento social?
Ele:
– … Pode ser… Mas… Se…
Eu:
– Agora ou esperamos mais dois anos?
Silêncio dele.
Eu:
A cada dia passando
Mais eu tenho consciência
Que o mundo vai caminhando
Para um quadro de demência:
O rico com mais riqueza
O pobre com mais pobreza
E a “humanidade” em falência.
Caro Jesus de Ritinha, v. matou a charada.
Os ricos falam em distanciamento social e os pobres preocupados em sobreviver.
Qual será o futuro disso? A doença não vai acabar tão cedo.
Vão surgir vacinas? Sim
Para todo mundo? Não
E os pobres? Continuarão lutando para sobreviver.
Morrerão de fome centenas mais de pobres do que da doença. Vão ser crianças, idosos, adultos, mães; a desigualdade vai ser um abismo.
Viveremos tempos de trevas.
Lamentável.
Obrigado pela participação.
e tudo isto se ve ,em toda localidade ,não existe exeção pra tamanha disparidade ,e o pobre sem entender;que não tem força força nem poder pra mudar esta realidade…. abraços direto s.p.
Nada melhor que essa charge para mostrar os dias que vivemos.
O chamado “afastamento social” trará ainda mais distanciamento das classes no mundo inteiro. Diferença que aumentará, e pelo menos em mim, causa tremenda vergonha e preocupação.
Ontem Miriam Leitão falava sobre isso, digo, sobre a Desigualdade Social no Brasil e no mundo. Eu a ouvi pela CBN.
Ela falava que se tivéssemos uma solução para a pandemia e o Brasil voltasse normalmente em 1° de junho, ainda assim teremos um empobrecimento de 12% horizontal, ou seja, para todos.
Você, Sílvio Santos, Roberto Carlos, Gabigol, Anitta, seu vizinho, ou qualquer outro brasileiro ficará 12% menor no poder de compra.
Só que a distância entre as classes sociais será ainda maior, crescerá ainda mais, e teremos a inclusão dos que ganhavam a vida como profissionais liberais, prestadores de serviços e ambulantes na linha da pobreza. Os que são extremamente pobres crescerão em 20% dos números conhecidos antes da pandemia.
Isso tudo segundo ela, de análises dela, chegando a essas conclusões e números após entrevistar ecomistas, grandes empresários da indústria e do agronegócio, para a matéria de capa da revista Época desse final de semana, na reportagem assinada por ela.
Sobre a imagem acima, que quando “printei” cortou o título da charge (ENEN 2020), perceba que a janela para a Universidade só se abre no campo de visão do rico.
O lado pobre da figura traz a janela fechada.
A iluminação natural do quarto do rico, em contraste com a lâmpada de poucos recursos sobre a cabeça do pobre, suas expressões faciais denotam suas preocupações… O que mais esse sensacional chargista poderia nos entregar para reflexão?
A arte, meu querido Pereira, ainda é a melhor expressão para conscientização do povo.
Desde que ela seja justa e imparcial em todas as suas “explicações” e argumentos.
Senão ela vira vetor de qualquer tirano. Ou mesmo do artista que a produz.
É triste. Muito triste.
Deus queira que não piore.
Cadê a charge, Genésio?
Rapaz!
Na correria de escrever a resposta, nem prestei atenção que não está junto com o texto.
Fica para uma próxima, pois.
Ninguém enxerga o tamanho do problema. Só vale o remédio de Bolsonaro.
Versos excelentes e muito verdadeiros, prezado Jesus de Ritinha de Miúdo!
Parabéns!
Quando o pote quebra, ninguém junta água nos cacos.
Faço melhor proposta ao jornalista: falemos do versajante e poeteiro da melhor cepa fubânica, um tal Jesus de Ritinha de Miúdo.
Vejo poesia até no nome do sujeito. Punto e basta!!!
Obrigado, Sancho!
Excelente mais uma vez, Jesus Ritinha de Miúdo.
Gosto da sua verve cronista e versativa, porque esmiúça a realidade com catilogência, como diz o bardo de Pereiro, Ceará, Falcão.
Em relação à desigualdade social, ouvi de meu irmão José Tavares Sobrinho, veterinário aposentado, que mora em Sergipe e é seu fã e do Xico Bizerra, a seguinte observação que o nobre vate registrou em sua glosa:
-Meu irmão, essa pandemia é tão assustadora, com um vírus tão avassalador, que todo sistema de protocolo de saúde, de condomínio de habitação e aglomeração mundial vão ter de ser repensado!! Claro que a população vão se adaptar, mas não vai ser tão fácil e vai ser a longo prazo!
Êita, Cícero, você me deixa é ancho com esses seus dizeres.
Grande Jesus! Só nos resta dizer: Amém!
Amém!