Se for manhã, deixe-me ficar lençol, abraçado a fronhas e travesseiros cor do mar. Ao meio-dia, serei apenas o cheiro de um baião-de-dois distante colorido por um pequi bem amarelinho. De tardezinha, me tornarei opaco e nem sequer verei o pôr do sol. Na boca da noite, viro céu azulado e enluarado cortejando estrelas e me escondendo nas nuvens brancas. Em noite alta, aí sim, serei eu a te espreitar, tez ardente, coração vermelho e doido. E assim, madrugada adentro, ficarei absorto até que a janela fechada deixe passar pela mais tênue fresta a larga luz do teu sorriso da cor do amor, não permitindo que eu me faça incolor.
Toda a obra do colunista Xico Bizerra, Livros e Discos, pode ser adquirida por e-mail xicobizerra@forroboxote.com.br ou através de seu site Forroboxote, link BODEGA. Entrega para todo o Brasil.
Eita mulesta dos cachorro doido….esse homi deve de ter uma telefone sem fio no gabinete do criador…… inspiração da bixiga lixa
Nada, Assuero, tenho amigos queridos, mulher, filhos e netos que fornecem tintas coloridas pra minha caneta … Obrigado pela generosidade de suas palavras.
Isso é coisa de gênio, Xico.
As palavras sempre agradecem suas prosas em versos. E eu fico extasiado quando as leio.
Obrigado, grande Poeta!
Obrigado, Cícero. Que passem todas as luzes da cor do amor, não permitindo que nos tornemos incolor. Grande abraço, XICO