Meu neto Bernardo, apenas 8 anos, sentado em poltrona frontal a minha, percebe todo o meu relaxamento de fim de semana traduzido pelo calção velho, de pernas frouxas, tão confortável quanto indiscreto, deixando liberto tudo aquilo que preso deveria estar.
Com toda elegância, discrição e sabedoria, adverte o velho avô, com a cara muito séria de quem sabe repreender quem uma boa repreensão merece:
– Vovô, sabia que quando você cruza as pernas aparece tudo que não deveria aparecer?
Feche-se a cortina, descruzem-se as pernas, vista-se uma bermuda decente. Foi o que fiz.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK!
Mestre Xico,
Bernardo me lembrou de Vó Dinda do bundão. Língua solta!
Do contrário, ela reagiria.
O que você está vendo aqui não é em sonho a touceira de pentelho que cobre o enxame!
Eita velha escrota e de bom humor! Kkkkkkk!
Xêraço em Bernardo, que está lindo!
Isso. Bela história. Só mesmo Xico Bizerra. Viva!
Verdade kkkkkkkk Ainda bem que aqui ainda não jaz kkkkkk
Caro Xico,
Esse menino danado já herdou o jeito manhoso e habilidoso com as palavras do velho avô.