WELLINGTON VICENTE - GLOSAS AO VENTO

A terra sorriu bebendo
O pranto que o céu chorou.

Mote de Hélio Crisanto

O trovão, pai da coalhada,
Ribomba em cima da serra,
No baixio o gado berra
Já prevendo a trovoada.
Ribaçãs em revoada
Passam fazendo o seu show,
O alazão esquipou
Porque viu o boi correndo.
A terra sorriu bebendo
O pranto que o céu chorou.

Uma vela a São José
No oratório é acesa,
No paredão da represa
O campônio aumenta a fé.
Um porco faz finca-pé
Onde o chiqueiro alagou,
Um canarinho trinou
Como que agradecendo.
A terra sorriu bebendo
O pranto que o céu chorou.

As antigas previsões
Dos meteorologistas
Não mais circulam nas listas
Das principais estações.
Pois a fé das procissões
Que o povo acompanhou
Com certeza superou
O que vinha se prevendo.
A terra sorriu bebendo
O pranto que o céu chorou.

3 pensou em “CHUVAS NO NORDESTE

  1. Estimado Wellington Vicente,

    Com as chuvas, a alegria voltou ao Sertão: a natureza está em festa.

    Quem há de negar que a chuva é responsável pela vida?

    Seus versos não mentem.

    Abraçaço.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *