A terra sorriu bebendo
O pranto que o céu chorou.
Mote de Hélio Crisanto
O trovão, pai da coalhada,
Ribomba em cima da serra,
No baixio o gado berra
Já prevendo a trovoada.
Ribaçãs em revoada
Passam fazendo o seu show,
O alazão esquipou
Porque viu o boi correndo.
A terra sorriu bebendo
O pranto que o céu chorou.
Uma vela a São José
No oratório é acesa,
No paredão da represa
O campônio aumenta a fé.
Um porco faz finca-pé
Onde o chiqueiro alagou,
Um canarinho trinou
Como que agradecendo.
A terra sorriu bebendo
O pranto que o céu chorou.
As antigas previsões
Dos meteorologistas
Não mais circulam nas listas
Das principais estações.
Pois a fé das procissões
Que o povo acompanhou
Com certeza superou
O que vinha se prevendo.
A terra sorriu bebendo
O pranto que o céu chorou.
Estimado Wellington Vicente,
Com as chuvas, a alegria voltou ao Sertão: a natureza está em festa.
Quem há de negar que a chuva é responsável pela vida?
Seus versos não mentem.
Abraçaço.
Obrigado, amigo!
Magnifico poeta!