Um sábio sem ter escola,
Um mestre sem ser letrado,
Um piloto habilitado
Na condução da viola.
Na Paraíba nasceu,
Em Pernambuco viveu
Seus dias de fama e glória,
Sua arte preferida
O transportou pela vida
Pra repousar na História.
Por mais de sessenta anos
Pôs a viola no peito
E cantou, bem ao seu jeito,
Amores e desenganos.
“O Autor da Natureza”
A obra que, com certeza,
O fez imortalizado
E o mundo da poesia
Inda celebra hoje em dia
Os seus feitos do passado.
Em agosto ele faria
Os cem anos de idade…
Está na Eternidade
Cantando para Maria.
Sua arte permanece
E vive, em forma de prece,
Sendo alimento pra gente
E Altinho, envaidecida,
Diz ao mundo, agradecida:
– Obrigado, Zé Vicente!
*Gratidão eterna à Prefeitura do Altinho-PE, na figura do prefeito Orlando José, ao Secretário de Cultura e Esportes, professor Edson Alencar, por esta homenagem ao meu saudoso pai.
Meu caro Wellington, a maioria dos pais torna-se referência para os filhos. Até parece um lugar comum, no entanto, há casos nos quais esta referência extrapola as dimensões do lar e eles passam a ser admirados por tantos outros, não filhos. Para os descendentes poderia ser objeto de ciúmes esse “comPAItllharmento” e embora os filhos “percam” esse “domínio”, somente eles podem curtir a intimidade do ídolo. Zé Vicente, não é mais, apenas, da Paraíba. Sua arte generalizou o gentílico. O talento dele se multiplica no seu talento.
Obrigado, amigo. Suas palavras edificam a memória do Mestre. Gratidão 🙏