Se eu puxar a maçaneta
A praga cai nos meus pés
Não vale um conto de rés
Vou quebrá-lo de marreta
Do óleo, aquela vareta
Já não consigo puxar
Se eu saio pra passear
Lá vem um pneu rasgado
Quem tem carro velho usado
Tem o cão pra lhe atentar.
Hélio Crisanto
Já fiz muito finca-pé
Pra empurrá-lo em ladeira
Quando eu engato a primeira
Pula da quarta pra ré
Se eu ainda tomasse “mé”
Tentaria consertar
Mas parei de “biritar”
Pra não ser “flagranteado”
Quem tem carro velho usado
Tem o cão pra lhe atentar.
Wellington Vicente
Não funciona mais o freio
Do pé e também de mão
Quebrou-se a suspensão
E de ferrugem ‘tá cheio.
Eu só passo aperreio
Quando tento ultrapassar
O motor a fumaçar
Deixa o caminho nublado
Quem tem carro velho usado
Tem o cão pra lhe atentar.
Bom, Poeta!
Grande abraço!