Minha infância e adolescência foi marcada pelo lema que mostrava o Brasil como um país que tinha futuro. Era um incentivo incrível para os jovens da minha época saber que tinha emprego, que poderiam trabalhar com carteira assinada, contribuir para a previdência e que poderia se aposentar tranquilamente após 35 anos de trabalho ou de contribuições previdenciárias.
Havia o sistema de saúde, mas não tinha a denominação de SUS – isso só foi regulamentado com a constituição de 1988. Havia hospitais privados e o atendimento já se fazia por meio de convênios ou de planos de saúde. Mesmo com determinadas crises, o país crescia e estados, como os do Nordeste, por exemplo, apesar de pobres, detinham uma economia significativa.
Ao longo do tempo, as coisas foram tomando rumo diversos e a economia começou a dar sinais de cansaço. As contas públicas começaram a fugir do controle, o país contava, frequentemente, como a apoio do FMI e cada vez que chegava uma missão desse órgão, por aqui, partidos da oposição vociferavam que a “soberania” do Brasil deveria ser respeitada. O Brasil devia ao FMI, que vinha aqui ajustar as contas públicas para receber seu dinheiro de volta e era taxado de violentador da soberania nacional.
Aqueles eram os tempos em que havia recursos públicos destinados a combater a seca do Nordeste. Eu tenho inúmeras dúvidas se a desgraça econômica da região Nordeste teve início com a seca ou se foi fruto de má gestão dos seus governos, principalmente no período pós-constituinte. A gente olha a região e duvida que ela consiga se sustentar por mais tempo.
Olhemos, primeiro, o caso do estado do Maranhão. Esse estado tem 7 milhões de habitantes e apenas 7% desse total possuem plano de saúde privado. Veja bem: numa população de 7 milhões de pessoa, 490 mil são beneficiários de um plano de saúde privado. Em linhas gerais, estamos admitindo que 93% da população desse estado depende do SUS, de alguma forma porque são pessoas que, adoecendo, não poderão ser tratadas na iniciativa privada.
Continuadamente o estado do Maranhão apresenta o menor iDH do Brasil, algo como 0,679. Veja bem: esse IDH não foi coisa do ano passado, não! Há décadas que o estado tem o pior indicador de desenvolvimento econômico e, em contrapartida, é o estado com o maior número de beneficiários do programa bolsa família. Existe duas vezes mais de beneficiários do bolsa família do que empregos formais. Coincidência ou não, o estado é administrado por um partido de esquerda, a muitos anos e seu governador eleito por dois mandatos – que prometeu tirar o estado dessa situação – hoje está, confortavelmente, decidindo os caminhos desses país.
O estado da Bahia, sob o domínio de ACM, conseguiu dominar a economia nordestina com o polo químico de Camaçari, fábrica da Ford – que foi ganha numa luta como o Rio Grande do Sul, graças a ACM – e a cultura de cacau que gerava algo em torno de R$ 1 bilhão/ano. há relatos de que o PT Geraldo Simões – reportagem da Veja, de 2006 – foi o articulador da disseminação da praga vassoura-de-bruxa no cacau da região sul da Bahia. Isso foi feito para acabar com a hegemonia de ACM. Se uma pessoa tem a capacidade de dizimar um sistema econômico para seu partido política ganhe espaço, essa pessoa não tem uma grama de caráter. É por isso que precisamos acreditar na justiça divina.
O estado do Ceará também foi de grande destaque na economia nordestina. Juntamente com os estados de Pernambuco e Bahia formava o trio de maior poder econômico do Nordeste. Dos seus 184 municípios, 60% são classificados como de extrema pobreza pelo IBGE. Como se não bastasse, o estado hoje abriga facções criminosas cujos feitos são dignos de filmes. Facções criminosas cujos membros são procurados em outros estados, estão abrigados no estado de Ceará ditando a lei e a desordem. Se for olhar quem administrou o estado nos últimos anos, você verá um partido de esquerda.
Não consigo mais ver futuro nesse Brasil. A gente parte de um sistema jurídico infinitamente, tendencioso, contaminado pela ideologia política, fortalecido pelos ditames de uma corte suprema que não julga, apenas condena, diga-se, condena opositores. No momento a menina dos olhos do país é a CPMI do INSS. Agora, se descobriu que recursos do INSS foram parar na conta de uma publicitária que trabalhou nas campanhas de Rui Costa e Dilma. Acham que essas pessoas estão preocupadas?
A preocupação não é essa. Isso não importa e daqui a pouco será esquecido. O que importa mesmo são deputados com dinheiro do povo participando de eventos destinados a ajuda humanitária aos palestinos e que foram interceptados por Israel. No meio jornalístico diz que “um cachorro que morde um homem” não é notícia, notícia é quando “o homem morde o cachorro”.
É isso: o cachorro mordeu o Brasil. Nada a declarar.
Parabéns nobre Assuero por mais um texto sensato e verdadeiro, passamos quatro anos com um gestor sendo vigiado vinte e quatro horas por dia, creio que houve corrupção pois está no sangue do político brasileiro, agora ladroeira e sacanagem explícita tem uma marca registrada, PT, sempre foi e continuará pois tem costas quentes. Abraços!
Valeu meu amigo. Obrigado pela atenção