CÍCERO TAVARES - CRÔNICA E COMENTÁRIOS

Benício Bem Coco do Troca Troca

Benício Bem, artista superlativo, múltiplo, pulsante, pungente, completo. Privilegiado com talento raro para a música de harmonia e melodia inteligente.

Simples, espontâneo, verdadeiro, corajoso, assumindo sua preferência sexual num ambiente familiar predominantemente adulto, paternal, democrático, ao estilo respeitoso dos seguidores e fãs.

Cigano de alma libertária, Benício Bem nasceu em Poção, distrito de Piripiri, Teresina (PI), onde fica localizado o Olho d’ Água mais fascinante do que o Delta do Parnaíba, ou Delta das Américas. Correspondente à foz do Parnaíba, onde se encontram as 73 ilhas fluviais mais belas do mundo.

Benício é a reencarnação espiritual-musical de Carmen Miranda com seus balangandãs e de Pinduca, o Rei do Carimbó raiz paraense, com seu “kirimbu” cigano, estirizado, violado, repentista.

Há muito tempo na estrada, fazendo estripulia musical, o piripiriense de Poção já tem no currículo musical mais de 150 crônicas musicais ao estilo “pinduquense”. “Banca de Camelô”, “Ciranda de Cigana”, “Como o Piauí É Bom”, “Coco da Maria Toca Toca”, dentre outras pérolas.

“O Caminhoneiro do Dente Furado,” título do carimbó que dá nome à crônica, é o título de uma canção que ele compôs recentemente para um caminhoneiro por quem estava apaixonado até os quatro pinéus, como se diz no nordeste, e não conseguia ser correspondido. Mas o esqueceu após compor a canção. Freud explica essa metamorfose ambulante.

Breve ele aporta por aí como o humorista João Cláudio Moreno, o gênio do humor de Piripiri (PI), maior do Brasil depois de Chico Anísio.

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