XICO COM X, BIZERRA COM I

Nada como um bom trago de poesia para deixar que fluam as palavras, suas vírgulas e reticências. Que bom que seja desse jeito. Não há o que recriminar na conduta de quem assim pensa e jamais o farei: ao contrário, entendo que o bom é que amarrados entre um gole e outro também latejem os sorrisos amarelos dos que pensam diferente se contrapondo às vontades azuis dos destemidos que conosco concordam. Que os versos fugidios se prendam, remidos, nos currais da Poesia até que alguém da melhor fé tenha a boa vontade de soprar-lhes ao mundo para que todos se inebriem das rimas que só os felizes sabem encontrar. Ainda que taxado de louco o Poeta é mais são do que são todos os sãos. Bebamos Poesia. Embriaguemo-nos, todos, aplacando a sede de amor colhendo rimas singelas que se entrelacem. Só assim o mundo será melhor e o bem prevalecerá, sempre.

2 pensou em “BEBER POESIA

  1. Seu texto, mestre Xico, lembra o início do Soneto número 5 de “ A Rua do Vento Norte “ , do grande poeta Edmir Domingues: “ Quero os loucos somente/ Que as crianças não são mais ternura e ingenuidade “ . Viva Edmir. E viva Xico!

  2. Meu tri-acadêmico Doutor Zé Paulo, honrado com a referência a Edmir. Mas nos meus sonhos de Poesia, todas as canções, leves e mansas, fazem os ventos dançarem com alegria, embalados pelos versos plenos de amor e fartos de ternura. Não sei se cabe um ‘modéstia à parte’. Acho que sim kkk

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *