FERNANDO ANTÔNIO GONÇALVES - SEM OXENTES NEM MAIS OU MENOS

Dirijo-me aos 60+ que continuam perguntando sobre a significância das suas caminhadas terrestres, antes de adentrarem no outro lado da Vida, a verdadeira Vida para os espiritualistas e espiritistas de todas as denominações.

Permitam-me todos explicitar, abaixo, alguns pensamentos do poeta Fernando Pessoa, extraídos de um livro do jurista pernambucano José Paulo Cavalcanti Filho, da Academia Brasileira de Letras, para mim um dos maiores estudiosos contemporâneos de Pessoa e seus heterônimos, intitulado FERNANDO PESSOA: O LIVRO DAS CITAÇÕES, José Paulo Cavalcanti Filho, Rio de Janeiro, Editora Record, 2013, 235 p. Como todo excelente livro de cabeceira, depois da Bíblia Sagrada, ele redimensiona existências, favorecendo novos olhares para os amanhãs terrestres de cada um, além de ampliar uma criticidade porventura distanciada das conjunturas atuais, brasileiras e estrangeiras. Escolhi as mais significativas para o atual instante mundial, recheado de conflitos bélicos, desaforos trocados entre um bilionário norte-americano que pretendia a Casa Branca e o atual mandatário estadunidense, ambos dotados de um sentimento nulamente ético, tal e qual no Brasil, quando aposentados e pensionistas do INSS são vitimados por cobranças mensais fraudulentas em seus contracheques, todas efetivadas a mando de executivos públicos e sindicais de péssimas índoles morais, devidamente acobertados por uma sistema de mando de ibopes de aprovação cada vez mais reduzidos. Ei-los, por categorias fixadas pelo notável autor pernambucano:

Alma – “A alma é grande e a vida é pequena. E só alcançamos onde o nosso braço chega e só vemos até onde chega nosso olhar.”

Altura – “Sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura.”

Asas – “Quanto mais eu abro as asas, mais sei que não sei voar.”

Cartas – “Só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor é que são ridículas.”

Deus – “Eu tenho Deus em mim.”

Futuro – “É difícil distinguir se o nosso passado é o nosso futuro, ou se o nosso futuro é que é o nosso passado.”

Ironia – “A ironia é o primeiro indício de que a consciência se tornou consciente.”

Ser – “Não sou nada, nunca serei nada, não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.”

Trabalho – “Não é o trabalho, mas o saber trabalhar que é o segredo do êxito no trabalho.”

Ver – “O essencial é saber ver, saber ver sem estar a pensar, saber ver quando se vê, e nem sempre pensar quando se vê, nem ver quando se pensa.”

Viva Fernando Pessoa. Estribado nele, traço minha sempre atual filosofia de vida:

COM MENTE SEMPRE PEQUENA, NADA DEVE VALER A PENA!

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