DEU NO JORNAL

Alan Ghani

Os ministros Simone Tebet (Planejamento) e Fernando Haddad (Fazenda): governo vai aumentar IOF e bloquear recursos para cumprir metas fiscais

Na quinta-feira, o governo pegou todo mundo de surpresa com o anúncio da elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) tanto para operações de crédito para empresas como para envio de recursos para o exterior. A taxa, na média, subiu para 3,5%.

De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a medida visa a um maior equilíbrio das alíquotas com a padronização tributária. Embora este seja este o motivo alegado oficialmente, sabemos que a intenção é outra.

Na verdade, a elevação do IOF tem como objetivo aumentar a arrecadação do governo. Isso não é nenhuma novidade num governo que só busca o ajuste das contas públicas pelo lado da arrecadação, e não pelo corte de gastos.

O aumento do IOF vai trazer algumas consequências para a população. A primeira será o encarecimento do crédito, na medida em que as empresas vão repassar o aumento tributário nos preços finais de seus produtos e serviços. Com isso, perde o consumidor, ao pagar mais, e a empresa ao vender menos.

A princípio quem ganha é o governo ao arrecadar mais. Entretanto, este efeito não é certo, diante da possibilidade de queda da atividade econômica – ganho na arrecadação, mas perda de renda tributável, como explicado pela curva de Laffer.

Além disso, o aumento do IOF sinaliza definitivamente para o mercado – empresários e investidores – que o governo não está disposto mesmo a cortar gastos, gerando incertezas refletidas na cotação do dólar, na bolsa e nos juros futuros.

A desconfiança se torna ainda maior quando o governo anuncia a medida, mas volta atrás em alguns pontos, como tributação no envio de recursos para fundos de investimento no exterior ou contas de pessoa física mantidas em outros países.

Não é a primeira vez que o governo adota o “vai e vem” de medidas após ampla repercussão negativa. 

Essa é a lógica populista do lulopetismo: se a medida pegar bem, mantém; se tiver repercussão negativa, voltam atrás. Enquanto isso, o país fica sem projeto econômico, completamente à deriva. Depois, não adianta culpar os vídeos do deputado Nikolas Ferreira.

3 pensou em “AUMENTAM O IOF – E DEPOIS VÃO CULPAR O DEPUTADO NIKOLAS FERREIRA

  1. As Portas Se Fecham Para Os Brasileiros

    Stephen Kanitz
    23 de mai de 2025

    Quem tem muito dinheiro já foi embora.

    Quem ficou, ficará — para sempre.

    Os últimos a saírem ainda conseguiram um visto italiano, português, americano.

    Os que zombaram da política, que votaram “no que fala pouco”, agora vão entender o preço da omissão.

    No Brasil do futuro — que já começou — você somente obedecerá.

    Obedecerá calado.

    Pagará impostos cada vez mais pesados, aceitará uma saúde pública em colapso, verá seus filhos estudarem em escolas sucateadas. E ainda agradecerá, pois reclamar será crime.

    Desde o fim do regime militar, único período de crescimento sustentado, nossa renda per capita foi cortada pela metade.

    Dado escondido pelo IBGE, abafado pela imprensa.

    Caímos do 40º onde hoje está a Grécia, para o 81º lugar no ranking global de renda.

    Sim, caímos — e acreditamos todo este tempo estar subindo.

    Foram 40 anos de doutrinação.

    Nossos jornalistas, intelectuais e professores venceram: conseguiram fazer o país regredir em nome de justiça social — uma justiça que só distribui miséria.

    Como ex-professor universitário, afirmo: nunca ouvi na USP uma conversa séria sobre crescimento. Só sobre distribuição.

    Nunca discutimos eficiência. Só aumento de gastos.

    Nunca produtividade. Só aumento de salários do funcionalismo.

    Agora, quando o Brasil se tornar verdadeiramente inviável, Flórida e Portugal não estarão com os braços abertos para nos receber. Estarão com os portões trancados. E com razão.

    A esperança de que Tarcísio, Caiado, ouRatinho, poderão mudar tudo isso sozinhos, é uma ingenuidade atroz.

    Como se trocar o piloto mudasse o avião em queda.

    A verdade é amarga: 1,5 milhão de brasileiros irresponsáveis, somados aos 12 milhões que anularam o voto, colocaram no poder um condenado em três instâncias. Mesmo que a primeira instância fosse falha, a segunda e a terceira confirmaram e isso ainda não foi contestado.

    Prepare-se. O Brasil caminha para mais 50 anos de estagnação, comandado por políticos e economistas que vivem do que você produz, sem entregar nada em troca.

    Mas ainda há tempo para reagir.

    Comece se educando, politicamente e economicamente.

    Exija reformas, desmascare as mentiras, confronte o discurso único.

    Ensine seus filhos a pensar — e não a repetir slogans.

    Denuncie o populismo, o aparelhamento, a corrupção sistêmica. Vote com coragem, com lucidez, com memória.

    O futuro do Brasil não será diferente enquanto os brasileiros forem os mesmos. Mude. Agora.

    Ou se conforme em assistir o país definhar — por sua culpa.

  2. Olha o Circo pegando fogo

    Aldo Rebelo diz que Moraes tentou intimidá-lo e espera pedido de desculpas: ‘pressionar testemunha

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