Certamente vocês conhecem José Rainha Júnior. O nome dele já vem há décadas ligado a invasões de terras no Pontal do Paranapanema, em São Paulo. José Rainha Júnior está preso em um centro de detenção provisória em São Paulo. Preso pela Polícia Civil, junto com outro diretor da Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade. O outro diretor se chama Luciano Lima. A acusação é de extorsão.
No sábado (4), o juiz de custódia fez audiência de custódia com ele, verificou que nenhum direito foi desrespeitado e ele permanece preso.
Só pra gente ter isso na cabeça, a iniciativa [de denunciar] é do Ministério Público. Mas há casos em que juiz tem iniciativa. Aí é o juiz de garantia, que vai até [o momento de] receber a denúncia do Ministério Público. Ele está zelando pela garantia daquele que é acusado, que é preso. Ele não toma uma iniciativa de mandar prender por conta própria, de instaurar inquérito por conta própria. Isso é o Ministério Público que faz, como diz o Artigo 129 da Constituição.
Então o José Rainha vai ficar preso. Vai ser investigada a acusação de extorsão, de que ele teria extorquido, no mínimo, seis proprietários rurais. Mais ou menos assim: “ou paga ou a gente invade”. Tanto que muitos proprietários rurais se armaram lá diante do anúncio do “carnaval vermelho”. A polícia até aprendeu armas de alguns proprietários rurais que atiraram pra espantar os pretensos supostos invasores.
Interessante que essa acusação de extorsão eu já ouvi há muitos anos. Estava conversando com o então ministro José Dirceu em 2003, 2004 e perguntei sobre o relacionamento com José Rainha lá no Pontal do Paranapanema. E a informação que ele me deu é compatível com a acusação que ele está recebendo agora e pela qual ele foi detido.
* * *
Governo Lula teve média alta de invasões
Por falar em invasões, eu vi aqui a estatística de que no governo Lula, que durou oito anos, foram 1.968 invasões. No governo Bolsonaro, que durou quatro anos, foram 14. Ou seja, por ano, Bolsonaro teve três invasões e meia. Por ano, no governo Lula foram 246 invasões.
Agora na invasão nessa grande empresa de papel e celulose lá na Bahia, os invasores dizem que não se come eucalipto. Mas o pior é que o eucalipto se usa para fazer o papel do livro, do jornal, do caderno. A gente aprende, a gente se educa com a celulose. Só para lembrar.
Enfim, o ministro do Desenvolvimento Agrário a Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, não quer saber de tirar o pessoal de lá via judicial. Diz que tem que haver diálogo.
* * *
Na ONU, Lula fica do lado de ditador
É a mesma conversa de Lula em uma declaração da ONU sobre o ditador Daniel Ortega.
Mais de 55 países não concordaram e a ONU, nesse fim de semana, assinou uma denúncia de desrespeito aos direitos humanos por parte do ditador da Nicarágua. E o Brasil não assinou.
Que vergonha! Direitos humanos…
Imagina a ditadura que é: prendeu 222 presos políticos, tirou a nacionalidade deles e os expulsou do país. Tirou a nacionalidade! Foram banidos e expatriados. É muito preso político. Isso caracteriza bem uma ditadura.
* * *
História das joias é somente barulho da imprensa
Por fim, só para lembrar, essa questão do colar de brilhantes para Michelle Bolsonaro, que ela nunca viu, nunca tocou e nunca recebeu. Está mais ou menos igual àquela história das vacinas da Índia dos irmãos Miranda, que o Brasil nunca comprou.
As joias ficaram na Receita Federal. Não foi possível botar no patrimônio do Palácio do Planalto porque a Polícia, a Receita Federal, não liberou. Agora, o que passou pela Polícia Federal (relógio, caneta, etc) foi para lá. Para aquela administração, o Gabinete de Documentação Histórica.
O que está se fazendo aí é um grande barulho, que é comandado mais ou menos como aquele consórcio que a gente conhece.
A história das joias aconteceu em 2021 e só agora, 2 anos depois veio À tona.
Precisavam de uma cortina de fumaça contra o Bolsonaro para esquecer a CPMI do
Dino e a estagnação econômica.
Retiraram do baú esta história de uma joia, que como A. Garcia disse, a Michele não sabia, não recebeu e não viu. Ou seja, nem fumaça é.
Pede para o Presidente da Empresa de papel e celulose fazer o “L”!