CARLITO LIMA - HISTÓRIAS DO VELHO CAPITA

Copa de 1970 – México – É campeão! É tricampeão! Foram esses os gritos que se libertavam da garganta de todo o país. O Brasil ganhou da Itália por 4 a 1 e conquistava pela terceira vez a Copa do Mundo FIFA, no Estádio Azteca, Cidade do México.

Com a conquista, o Brasil encerrou uma campanha de seis vitórias em seis jogos, tornando-se a primeira equipe a ter 100% de aproveitamento nas Eliminatórias e na Copa do Mundo. Além disso, também foi o primeiro time a chegar ao tricampeonato mundial, fato que lhe garantiu a posse definitiva da taça Jules Rimet.

Com todos os jogadores disponíveis para a partida, Zagallo levou a campo o que tinha de melhor para a Seleção. A escalação foi a que mais se repetiu durante o Mundial, com o time-base formado por: Félix; Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza e Everaldo; Clodoaldo e Gérson; Jairzinho, Pelé, Rivellino e Tostão. Final contra a Itália 4 x 1 Para muitos, essa foi a melhor Seleção de todos os tempos.

Jairzinho terminou o Mundial como vice artilheiro, com sete gols, e se tornou o primeiro campeão a marcar em todos os seis jogos da seleção. Pelé voltou a marcar em uma final de Copa do Mundo e se tornou o único jogador três vezes campeão mundial da história. O Rei ainda terminou a competição com seis assistências, um recorde até hoje em passes para gol na mesma edição de um Mundial.

Copa do Mundo de 1974 na Alemanha – Revelou a “Laranja Mecânica”. A equipe da Holanda recebeu o apelido pela cor do uniforme e pela aparente troca de posições dos jogadores em campo que lembrava um carrossel. Mais uma vez a melhor seleção não venceu. Assim como em 54, os alemães ocidentais chegaram a final jogando por resultados para evitar adversários mais fortes. As vitórias convincentes da equipe de Cruyff não foram suficientes para suportar a torcida e a eficiência da Alemanha de Beckenbauer. A seleção brasileira marcou menos de um gol por partida e perdeu a disputa de terceiro lugar para a Polônia.

Copa do Mundo 1978 – Argentina – Com técnico Coutinho à frente, a equipe não teve problemas para se classificar. Venceu quatro e empatou um dos jogos restantes, marcando 17 gols e sofrendo apenas 1. O Brasil viajou para a Argentina com uma equipe cheia de craques – do goleiro Leão – um dos melhores do mundo – ao craque Zico e ao artilheiro Roberto Dinamite. No entanto, a seleção estava prejudicada por diversas contusões e pela falta de conjunto. Na primeira fase, estreou com um 1 a 1 diante da Suécia (gol de Reinaldo), ficou no 0 a 0 com a Espanha e, precisando derrotar a Áustria para se classificar, venceu apenas por 1 a 0. Na fase semifinal, o desempenho brasileiro melhorou sensivelmente. Já era outro time contra o Peru, jogo que venceu por 3 a 0, com gols de Zico e Dirceu (dois). O confronto seguinte foi o mais difícil do Brasil na Copa, contra a arquirrival Argentina. Disputada e violenta, a partida ficou no 0 a 0. Apesar dos bons resultados, o Brasil não se classificou para a decisão. A Argentina fez 6 a 0 no Peru (em jogo que ficou sob a suspeita de ter sido “arranjado”) e ficou com a vaga graças ao saldo de gols. O técnico Cláudio Coutinho, então, cunhou uma expressão que até hoje serve para definir o desempenho brasileiro naquele mundial: “somos os campeões morais”, disse, em referência à controversa e inesperada goleada sofrida pelo Peru diante da Argentina.

Copa do Mundo 1982 – Espanha – A Seleção venceu seus três jogos na primeira fase: 2 a 1 na União Soviética (gols de Sócrates e Éder), 4 a 1 na Escócia (Zico, Oscar, Éder e Falcão) e 4 a 0 na Nova Zelândia (Zico, duas vezes, Falcão e Serginho Chulapa). No triangular da segunda fase, o Brasil passou bem pela Argentina, com vitória por 3 a 1, gols de Zico, Serginho Chulapa e Junior, mas depois perdeu por 3 a 2 para a Itália, com três gols de Paolo Rossi – Sócrates e Falcão fizeram para a equipe verde-amarela. Aquilo que os brasileiros chamam de “Tragédia do Sarriá” foi o jogo mais marcante da Copa do Mundo de 1982. A Itália, com três gols de Paolo Rossi, venceu o Brasil por 3 a 2 e conseguiu um lugar nas semifinais. A Itália foi a campeã. Muitos consideram a equipe do Brasil de 1982, a melhor seleção de futebol de todos os tempos. Deu azar.

Continua na próxima coluna…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *