Adelpha Silva Rodrigues de Figueiredo nasceu em 20/9/1894, em Sorocaba, SP. Professora, dentista e principalmente bibliotecária. Foi a primeira brasileira a concluir o curso de biblioteconomia numa universidade e pioneira, junto com Rubens Borba de Moraes, na implantação deste curso no Brasil.
Filha de Maria Magdalena Camargo Gomes da Silva Rodrigues e do professor e médico Antonio Gomes da Silva Rodrigues. Aos 7 anos, a família mudou-se para São Paulo afim de manter a educação dos filhos. A mãe também era professora e os filhos tiveram a oportunidade de estudarem no exterior, quando a família passou uma temporada na França e na Suíça. Assim, os filhos puderam escolher os cursos profissionais que mais lhe interessavam.
Adelpha ingressou na Faculdade de Odontologia de São Paulo e formou-se cirurgiã-dentista em 1910 e lecionou no Colégio Mackenzie no período 1916-1926. Neste último ano foi construído um novo prédio para alojar a Biblioteca do Colégio e ela ficou encarregada dos primeiros serviços. Deixou o cargo de professora e passou a se dedicar ao estudo da biblioteconomia. Em 1929 foi contratada a bibliotecária norte-americana Dorothy M. Gedde para organizar o acervo e treinamento de Adelpha na função de atendimento aos alunos.
Suas atividades foram coroadas com uma bolsa de estudos para cursar biblioteconomia na Universidade de Columbia, nos EUA. Ao retornar ao Brasil, Adelpha ministrou o primeiro curso de biblioteconomia, enquanto dirigia a Biblioteca George Alexander, do Mackenzie, até 1936. No ano anterior Mário de Andrade havia organizado o Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo, que tinha como um dos objetivos criar um sistema de bibliotecas públicas e uma escola de biblioteconomia. Adelpha foi convidada para o cargo de chefe da nova divisão, bibliotecária-chefe da Biblioteca Municipal Mario de Andrade e professora do curso de biblioteconomia, posteriormente transferido para a FESPSP-Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.
Na chefia da biblioteca inovou com novas técnicas de classificação dos livros, arranjo dos e adotou o sistema norte-americano de livre acesso dos leitores ao acervo. Pouco depois foi convidada para reorganizar a biblioteca da Faculdade de Medicina e em 1938 teve participação destacada na fundação da APB-Associação Paulista de Bibliotecários, a primeira entidade profissional dos bibliotecários brasileiros, dirigindo-a no período 1947-1951. Neste último ano realizou a Conferência sobre o Desenvolvimento de Bibliotecas Públicas na América Latina, com o patrocínio da UNESCO.
Em 1948 participou da fundação da Escola de Biblioteconomia da Faculdade de Filosofia Sede Sapientae da PUC/SP. Faleceu em 3/8/1966 e mais tarde, foi criado na sede da APB o primeiro sindicato dos bibliotecários no Brasil, em 1985. Adelpha foi homenageada com seu nome dado a Biblioteca Pública Municipal, no bairro do Pari, a uma rua no bairro Chácara do Encosto e ao Centro Acadêmico da Escola de Biblioteconomia da PUC-Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
Mais uma invenção do mestre José Domingos. Viva!
Caro José Paulo
Esta é realmente uma invenção minha, pois quem iria se lembrar de uma pioneira da biblioteconomia a não seu um bibliotecário?
Vivo ali na região há mais de 50 anos e frequentei bastante a Biblioteca do Pari naquela praça agradável. Hoje o lugar não é tanto, mas a biblioteca tem melhorado e já me perguntei quem será esta Adelpha que dá nome à biblioteca?.
Agora fiquei sabendo e que foi merecedora da inclusão do Memorial.
Grato e parabéns
De nada, Vicenzio
Continue apreciando o Memorial para ter boas surpresas
Parabéns pelo seu trabalho!
E, claro, muito obrigado!
Grande Nonato,
Fazia tempo que não o via por aqui
Grato pela postagem
Estou sempre lendo e, peço desculpas, nem sempre comentando mas, como disse na reunião, e reitero, é um trabalho admirável.
Através dele conheci muitas personalidades da história do Brasil.
Grato, Nonato
pela postagem. Apareça mais por aqui
Britão,
Mais uma vez sou privilegiado por ter direito à leitura de uma de suas imortais peças, antes mesmo da publicação.
Isto porque sou leitor de carteirinha e considerado Cdeira Cativa no pódio dos Amigos Nº 1.
Bom Dia, meu irmão.
Calos Eduardo
Grande Carlão, colunista social da rede pernambucana de notícias e leitor assíduo desta Gazeta escrota, como diz o editor.