FERNANDO ANTÔNIO GONÇALVES - SEM OXENTES NEM MAIS OU MENOS

O ato praticado por um alucinado, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, reforça a necessidade de se dinamizar mais o Sistema Educacional Brasileiro, sem populismos, messianismos e fundamentalismos religiosos de nenhuma espécie, favorecendo sempre o ideário radicalmente democrático de nossa gente, Povo Brasileiro, que está a necessitar de dirigentes públicos e privados dinamicamente pensantes, jamais ruminantes.

Segundo cientistas sociais, antropólogos especializados, há uma categoria humana, a dos chinfrinzés, situada entre a faixa simiesca e nível homo racionalis, cujo perfil comportamental alucinado, em plena pós-modernidade, imaginava-se em extinção, mormente após o deslocamento dos nazistas para as profundezas do inferno, em 1945.

Qual seria a melhor definição de um chinfrinzé? Ei-la, extraída dos compêndios científicos contemporâneos: “Animal nada racional, extremante similar fisicamente ao Homo Sapiens, que se comporta, em áreas civilizadas, com mente mixada, nela coexistindo ideários nostálgicos, hábitos comportamentais aparentemente sadios e nulificada visão de futuro”.

Os cientistas pesquisadores ainda apontaram algumas outras características básicas de um chinfrinzé: ânsia populista, ausência periódica de faxina das velhas ideias, inconformismo eleitoral, sumiço dos níveis mínimos de ideário democrático, além de uma compulsão de sempre desejar manter-se nas redes sociais, até visitando ambientes parlamentares importantes, para se fazer notado e eletronicamente gravado, mesmo de chapéu e trajes inadequados.

Muitos dos chinfrinzés são arroteiros, desde os tempos de serviço militar, portando um riso hiênico, buscando sempre querero levar vantagem em tudo, até se autoproclamando candidato à Presidências da República nas próximas eleições.

O chinfrinzé se reinventa para trás, sempre proclamando que “tudo vale quando a alma é muito pequena e insaciável por dominação sem ética”. E desconhece por completo uma advertência feita pelo escritor Karl Mannheim: “Toda nossa tradição educacional e nosso sistema de valores ainda estão adaptados às necessidades de um mundo paroquial e, no entanto, espantamo-nos por que as pessoas se saem mal quando têm de agir num plano mais amplo.” E ainda se apavoram quando se vêm flagrados, muitos se suicidando, outros se acovardando, inúmeros mandando queimar livros e arquivos, incluindo o planejado para eliminar investigadores policiais em sua própria residência.

Todo chinfrinzé é um meganha metido a PhDeus, segundo definição do saudoso sociólogo Gilberto Freyre, sempre se imaginando tampa de foguete, mal se passando por um rabo sujo de galinha peba.

Um outro pensador famoso também já proclamava: “Os fatos costumam ser neutros; são as crenças que afetam nossas formas de pensar, sentir e agir.” Ainda assim, que o ato terrorista acontecido na Praça dos Três Poderes, mesmo praticado por um chinfrinzé porra louca, sirva de alerta para um pensar nacional que favoreça mais democracia, melhor distribuição de renda e liberdade de opinar. E que os que tentaram golpear o Brasil, em 8 de janeiro do ano passado, sejam severamente punidos, inclusive seus inspiradores, muitos deles até hoje se fingindo de bonzinhos.

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