Acácio – a simpatia e delicadeza em pessoa
Chico, ou o Francisco, viveu o quanto Deus permitiu. Nasceu raquítico, viveu raquítico, e faleceu com a gordura que o destino lhe devia. Na verdade, Francisco de Oliveira Ramos, o primogênito de papai e mamãe. Precisou de orações e promessas desde o dia que nasceu. Sufocado pelo líquido amniótico nasceu puxado, em vez do parto natural. E, no dia que nasceu também iniciou o périplo pela salvação.
A promessa inicial partiu da Avó (aquela que muitos de vocês já conhecem pelas minhas quase falas), que “prometeu” a partir dali ao Santo Protetor, São Francisco, que emprestaria seu nome a alguém nascido no dia 24 de junho, dedicado à São João.
Pois, nascido no dia 24 de junho de 1939, Francisco, o Chico, faleceu no dia 13 de setembro de 2004. Casou e teve uma “reca” de filhos. Dois rapazes e quatro moças. Um rapaz, quase Engenheiro Eletrônico formado pelo ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), abandonou o que disse pretender, quando cursava o nono período. O outro rapaz é Engenheiro Militar formado pelo IME (Instituto Militar de Engenharia), sendo ele civil. Chico chegou à Superintendência Estadual do INSS no Maranhão.
Advogado, Radialista e Jornalista, Chico assinava uma coluna semanal no jornal O Estado do Maranhão. Escrevia crônicas sobre a vida e a cidade. Criou um jardim que nunca possuiu, e nele empregou um jardineiro que sequer conheceu, e jamais assinou a carteira profissional ou pagou salários. Chamava-o de “Acácio”.
Por anos, Acácio cultivou margaridas, samambaias choronas, lírios, girassóis e todas as cores de ipês. Por conta da dedicação ao patrão e ao trabalho, Acácio foi premiado no dia do aniversário, 30 de fevereiro, com uma bolsa de estudos para aprender a plantar e cuidar de orquídeas e bonsais.
O primeiro bonsai produzido por Acácio, era um “flamboyant”
Eis que, nesta semana recebi uma mensagem de Acácio, pelo “zap”. Garantiu que, no próximo dia 30 de fevereiro, data em que comemora seu natalício, vai comparecer na minha residência, pois entende que, com o falecimento do Chico, faz tempo eu sou o novo patrão dele.
Prometeu me presentear com um vaso em que cultiva um bonsai: ipê róseo que produz abacaxis mais doces que mel. Prometeu, também, mostrar ao mundo a sua obra-prima em orquídeas: uma orquídea fálica cultivada do cactos.
Obra-prima fálica produzida por Acácio
Sinceramente, eu acho que, além de expert jardineiro, Acácio nunca deixou de ser um verdadeiro tolo. Se vier e tiver a petulância de cobrar alguma coisa, vai ser demitido por justa causa e mandado de volta para Caracas, onde esteve ganhando a vida como jardineiro durante todos os anos que desapareceu.
Taquipariu!! Zé Ramos o da terra um o babaçu abunda. Espero que 30 de fevereiro caia na sexta, feito bola de basquete
Maurício: pior que cair na sexta, Acácio queria comemorar e que, quem levasse presente para ele, colocasse na cesta (feito bola de basquete!).
O cara que nasce em 29 de fevereiro envelhece de 4 em 4… Já o cara nascido no dia 30 de fevereiro faz perdurar a eterna juventude de não ver os anos a envelhecer a própria biografia. Normalmente gente que nasce em tal dia torna-se genial, possui a profissão de enxugador emérito de gelo seco e conhecemos por ZE RAMOS da terra onde o babaçu abunda (isso de babaçu abunda me fez lembrar, sem qualquer referência ao nosso Zé (cabra macho com macheza reconhecida em cartório), a história de um gay virgem – cabaço na bunda,pois gostava de homens sem nunca ter chegado aos finalmente).
Zeramos nossa participação com um arré-egua pra mais de metro.
Valeu, Zé!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Sancho: tua participação merece vários arre-éguas, visse! Acácio brigou a vida inteira com o pai (o dele) que queria fazer o registro como se ele tivesse nascido no dia 31 de fevereiro e não dia 30. Imaginae se fosse 28 ou 29! Ele desejaria ganhar “azulzinho” em muitas caixas. Pense num cabra bom de usar esse “incentivo tabacal”!