Leandro Ruschel
“Quem controla o passado, controla o futuro. Quem controla o presente, controla o passado”
O aspecto mais curioso na cobertura da militância de redação sobre a suposta “tentativa de golpe” é a completa ausência de contexto.
Nenhum integrante dessa militância apresenta o cenário que antecedeu os eventos no Brasil.
A narrativa promovida por veículos como a Globo e afins parece ser a seguinte: o Brasil vivia em uma espécie de “paraíso democrático” até a chegada da “extrema-direita bolsonarista” com seu projeto “totalitário”.
No entanto, a própria Globo não deu ampla cobertura à corrupção sistêmica exposta pela Lava Jato?
Acaso esse mesmo sistema não saqueou o país, provocou a maior crise econômica da nossa história e buscou, reiteradamente, implementar no Brasil uma versão da “democracia” venezuelana?
Após tudo isso, vimos a anulação de praticamente todas as condenações da Lava Jato, a consolidação de censura em massa, a perseguição política sistemática da direita e a ascensão de um descondenado à Presidência, em afronta ao Estado de Direito.
Há um esforço colossal para inverter a realidade e reescrever a história.
Protestos pelos 20centavos em 2013, black blocks, julgamento do mensalão, aparecimento da Lava-jato – LJ em 2014, eleição, A. Neves perde daquele jeito.
Dilma coloca o país na maior crie econômica da história é é impinchada com multidões nas ruas. LJ se intensifica, chega na Odebrecht, Marcelo vai preso, aparece a lista com os codinomes, o amigo do meu pai se complica. Até aí estava muito tranquilo para o Sistema, que estava de saco cheio do PT e queria a volta do teatro das tesouras.
Em sequência chega-se no Amigo do amigo do meu pai. Acende-se o sinal vermelho. Solta-se a Vaza Jato para acabar com tudo.
Já era tarde, um Capitão Deputado de baixo clero ouviu Olavo e percebeu que havia uma avenida larda à direita para ser explorada e foi buscar a Presidência da República. Chegaram ao ponto de ter que eliminá-lo, mas o acaso (Deus mudou de nome) não deixou.
De lá para cá tentam colocar o gênio, que atende pelo nome de conservadorismo, de volta na garrafa. Só que quando se abre um travesseiro de penas e o coloca no ventilador, é impossível reverter a situação.
“Quem controla o passado, controla o futuro. Quem controla o presente, controla o passado” .
Nunca vi frase mais insensata, apesar de bem feita e apelativa. Denota certa atração pelo controle em todas as etapas da vida: passado, presente e futuro.
Se a pessoa não controla nem o presente, o que está vivendo; como controlar o passado, o ocorrido, que não pode ser desfeito ?
Mais difícil ainda é controlar o futuro, aquilo que não foi feito
O colunista poderia informar se esta insensatez tem autoria?