PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

Se tu visses, Josino, a minha amada,
Havias de louvar o meu bom gosto;
Pois seu nevado, rubicundo rosto,
Às mais formosas não inveja nada:

Na sua boca Vênus faz morada:
Nos olhos Cupido as setas posto;
Nas mamas faz Lascívia o seu encosto,
Nela enfim tudo encanta, tudo agrada:

Se a Ásia visse coisa tão bonita
Talvez lhe levantasse algum pagode
A gente, que na foda se exercita!

Beleza mais completa haver não pode:
Pois mesmo o cono seu, quando palpita,
Parece estar dizendo: “Fode, fode!”

Manuel Maria de Barbosa l’Hedois du Bocage,Setúbal, Portugal (1765-1805)

Um comentário em “A MINHA AMADA – Bocage

  1. Eu digo; Florbela tem versos sensuais, alguns chegam a ser lascivos.

    São lindos, intrigantes, inteligentes, nos fazem imaginar coisas boas. contam de seus amores, desejos e sentimentos

    Bocage, perto dela é um nada, um boca suja, um moleque malcriado.

    Portugal gerou as duas coisas, com cem anos de diferença dele para Ela.

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