As palavras, caríssimo leitor, quando intencionadas ao caos, ou são mal interpretadas, conduzem apenas ao abismo. A multidão já não interpreta mais; nem palavras, nem números.
As palavras gentis e disfarçadas de uma hoste manobrando uma massa nesse país virtual, para mim, é um crime contra o patrimônio moral da nossa sociedade – falando em nação brasileira.
E o nosso povo – essa é uma impressão minha, que nada sou e nada tenho – jamais foi tão conduzido ao pasto deficiente de nutrientes cognitivos, ou encurralado para o abate quanto hoje. O mugido de suas vozes, embora a deficiência do pasto seco e a eminência do tiro na testa, mescla um quê de satisfação e de impotência.
E a voz desse povo, arrimada nas palavras ouvidas dos seus condutores – por certo! – não é a voz de Deus.
As palavras e os cânticos desse povo nos passam a impressão da aquiescência e a visão dessa realidade como boa. Já o ferro dos seus chocalhos parecendo mais sábio que eles, entretanto, chega a nos enviar um “tengo-lengo-tengo” dolente e sem esperança.
E enquanto houver o desrespeito ao ser humano, mormente pelas mentiras levadas ao povo, os índices nos envergonhando serão menos debatidos. Eles, os ditos índices, estão sob uma camada pulverulenta da mais vil tirania: aquela se apossando da consciência dos homens.
Há de se debater as estúpidas paixões e o fanatismo desenfreado, envolvendo os três pilares do ópio e vício do povo mais paupérrimo de bom senso: política, futebol e religião. Alinhados e aliados dos condutores, são como um complemento jogado para emprestar gosto ao pasto. Mas, vão cegando até alguns nominados inteligentes. E o pior! Muitos nesse rebanho ousam pensar em si como vaqueiros.
Nós observamos de fora esse quadro tétrico e temos um mugido diferente. Nós os estarrecidos, no entanto, somos marginalizados e rebaixados à burrice. Somos como carne de quinta, sem gosto, sem serventia, prurida… que em se degustando mata!
Somos gado naturalmente morto.
Quanta inversão de valores. Aliás, de palavras.
Sem palavras!
Li, gostei, de A Mídia que Prende e Abate, e estou aqui para parabenizá-lo por mais essa pérola publicada no JBF, Jesus de Ritinha de Miúdo.
Abraçaço com ótimo final de semana.
Obrigado, Cícero!
Deus abençoe o seu coração generoso.
Não tem nada desconexo, meu caro Jesus. Seu texto está claro como a luz do dia. Os verdadeiros valores morais estão ficando sem valor.
Beni, e nos reputam por desinteligentes.
Né?
“A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.” Provérbios 15:1 –
Todo cuidado é pouco. Se gado somos considerados, de repente podemos nos transformar em bois wagyu: Que tem a carne mais cara do mundo.
Povo marcado, povo feliz… nem sempre. O medo deles reside justamente no “Grito do silêncio”. Quem falou não tá mais aqui.
Marcos, muitas vezes a gente faz questão de não estar na hora.
Mas, continuamos atentos.
É bem por ai, Jesus. Na arquibancada…pra qualquer momento…