JESUS DE RITINHA DE MIÚDO

Eu hoje trago para os leitores do JBF o pensamento de Derosse Barbosa Júnior, nordestino arretado, entusiasta da cultura popular, observador do mundo, discípulo de Ariano Suassuna, apaixonado pelo Nordeste e gênio da raça:

O maior de todos os democratas e o primeiro, aliás, foi Deus Nosso Senhor; quando deu ao homem o livre arbítrio, o direito de viver e fazer o que quiser de sua própria vida. Até de se auto-destruir.

Portanto, o Nordeste no meu vê corre atrás de recuperar um prejuízo incalculável: o abandono de suas raízes e de sua cultura, de todo o seu conhecimento empírico, acumulado em mais de duzentos anos de convivência e observação de seu habitat, sob o pretexto da “modernidade”, adotando hábitos enlatados; tornando-se nada mais nada menos do que um escravo do consumismo e do modismo do mundo “moderno”!

O pior ainda é ter se tornado um preguiçoso contumaz. Não mexe o corpo nem para ligar uma TV, e depois vai gastar dinheiro com um tal de “treinador pessoal”, chamado por um nome em “Ingrês” – que eu graças a Deus não sei escrever na língua deles – o tal do “personal treiner”.

Até o nome é sem sentido.

Mas cada um tem o direito de viver como bem entender.

Afinal, Deus lhes deu esse direito.

8 pensou em “A M(A)UDERNIDADE

  1. E este recado vai para o Jesus de Ritinha de Míudo.

    Meu caro poeta, lá em terras portuguesas há uma bagatela de 5000 euros doidinhos para serem seus.Senão vejamos…

    Como aproveitas os dias de cada ano para escrever poemas há um prémio de Poesia a que podes concorrer. Chama-me Prémio Afonso Lopes Vieira, organiza-o a Biblioteca Municipal de Leiria, Portugal e dedica-se em biénios sucessivos à literatura infantil, à poesia e ao conto, mas em 2022 visará especialmente os livros de poesia inéditos a aguardarem uma possibilidade boa de verem a luz nos escaparates de algumas livrarias por aquele país fora.

    O prazo para a entrega de originais termina no dia 15 de Setembro.

    Se a veia poética de outros fubânicos estiver pulsando e se forem chegados às coisas poéticas e muito bem dispostos, os 5000 euros que cabem ao vencedor darão muito jeitinho em tempos como estes. Está na hora de arriscar.

    Aos fubânicos interessados: Para a leitura do regulamento, consultem o site da biblioteca.

      • Ai, meu jisuisim,

        Arra procê tamém, apesar di eu num sabê o que significa “arra!”. Tomara que seja coisa boa dimais da conta, sô.

        Y tumara mais aina que ocê ganhi us prêmio tudo de poesia lá das terra purtuga, da Biblioteca Municipal de Leiria.

        Sancho “leiria” tudim sobre seu vindouro sucesso em terras lusitanas .

  2. Luiz Gonzaga falava “perdeu sua crença nas pedras de sal”. Meu pai, acariense e amante de sua terra nos explicou: meu avô, Ricardo Pereira de Araújo, colocava pedras de sal em tamanho decrescente no lado de fora da janela; dependendo da quantidade delas que se derretesse durante a noite ele calculava a proximidade da chuva.
    Prova prática dessa cultura empírica desenvolvida pelo nosso povo.
    Mais uma vez texto brilhante, primo.

  3. Conheci Jesus e Derosse há uns meses numa rede social. Meu mundo tão chato de tentar tratar doenças ficou um colorido só, cheio de saberes da cultura nordestina, ensinamentos raiz, belos poemas e textos. Obrigada por tudo isso, meus novos amigos.

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