A gente até se topava
Mas não se dava direito.
Mote deste colunista
Na minha fase primeira
De sonhos e fantasia
Eu me encanguei com Maria
Filha de Chico Oliveira
E cometi a besteira
De guardá-la no meu peito.
Mas descobri que um sujeito
Dizia que a namorava,
A gente até se topava
Mas não se dava direito.
Perguntei para a sujeita
Se era tudo verdade,
Ela usando falsidade
Dizia: – Você aceita
Que uma pessoa suspeita
Possa falar desse jeito?!
Eu exijo mais respeito!!!
Riscou faca e ficou brava.
A gente até se topava
Mas não se dava direito.
Comecei botar reparo
Nos “pantim” daquela infame,
Numa moita de velame
Tocaiei dia inda claro;
Avistei Zé de Amaro
Com um ar muito suspeito,
Foi um abraço perfeito
Que nem Satanás soltava.
A gente até se topava
Mas não se dava direito.
Eu como sou paciente
Peguei os dois, amarrei
Uma pisa nela eu dei
Porém, soltei de repente.
Com ele agi diferente
Só sei que sumiu no eito…
Pois até ontem o prefeito
Menos um voto contava.
A gente até se topava
Mas não se dava direito.
Uma dona eu paquerei
Correspondido por ela
Pois a moça era tão bela
Que nela eu me amarrei.
Porém eu me afastei
Quando vi lá em seu peito
Em um desenho bem feito
A estrela qu’ela usava
A gente até se topava
Mas não se dava direito.
JRM.