Deputados da oposição questionaram Haddad por rombo nas contas públicas e o classificaram como “negacionista dos números”
Na quarta-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi à Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, e os deputados pegaram no pé dele. Temos esse último dado de déficit público, R$ 58 bilhões, e os deputados reclamaram também de cada vez mais imposto. É um governo que gasta muito, começou quase duplicando o número de ministérios, aí não tem como. E o pior é que o gasto não é para investimento, para devolver o imposto às pessoas com prestação de bons serviços públicos. É muito gasto para sustentar a burocracia do Estado. Todo mundo está vendo, no socorro ao Rio Grande do Sul, como o Estado é lento, burocrático, moroso, pesado.
Haddad disse que “essa história de inflação está sob controle, são ruídos”. Quer dizer, a culpa sempre é da informação, é da notícia, e não do fato. Ele faz parte de um grupo que, por ideologia de pensamento único, não suporta a crítica. É muito mais fácil responder à crítica com gestos, palavras, ou apelando para a razão. Demonstrem aos críticos onde eles estão errados. Mas não, dizem que “isso são ruídos aí, o pessoal aí que está dizendo”.
Só que não é “o pessoal” que está dizendo; é o boletim Focus, em que o Banco Central faz pesquisa com o mercado financeiro. A previsão do PIB caiu de 2,09% para 2,05%. A previsão de inflação até o fim do ano subiu de 3,76% para 3,8%. A previsão para a Selic subiu de 9,75% para 10%. E a dívida pública? É dívida pública de pandemia, de período de Covid. Disparou. Fazer o quê? Se o governo está gastando mais, quer cobrar imposto, mas não tira o suficiente, joga papel no mercado e fica devendo. Isso pressiona os juros para cima. E os gastos públicos dão um trabalho enorme para o Banco Central controlar a inflação protegendo a moeda e crédito.
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Distribuição de ajuda já começa a causar disputas no Rio Grande do Sul
Falando no socorro ao Rio Grande do Sul, começam a aparecer coisas preocupantes. O governo vai ter gastos com a recuperação do estado e tem de pesar bem. Hoje é o Luciano Hang reclamando da isenção de produtos de importação. Os arrozeiros estão reclamando da isenção para importação de arroz, porque eles dizem que há arroz suficiente para abastecer o país. A produção no país inteiro passa de 10 milhões de toneladas. Poderíamos exportar arroz e estamos importando.
Como dizem os mineiros, em casa onde falta pão todo mundo briga e ninguém tem razão, e já estão surgindo reclamações, por exemplo em Roca Salles. As cestas básicas chegam lá, tem quem vá retirar de caminhonete ou de caminhão e leva tudo. E as pessoas que não têm tempo de chegar antes para buscar a comida, as pessoas mal atendidas, vendo que outras são atendidas, estão reclamando do prefeito e do governo do estado. Fora os casos de roubo, furto e saque. A Brigada Militar está se multiplicando lá no Rio Grande do Sul para mostrar presença e evitar o crime.
Vêm reclamações de fora também. Em Minas Gerais, soube de gente que queria mandar doações para o sul gaúcho, área de Pelotas e Rio Grande, que está pegando a cheia agora. E não estavam conseguindo, reclamando que as doações eram, digamos, “interceptadas”: chegavam a Porto Alegre e não seguiam caminho. Agora acharam uma solução: estão mandando pelos Correios, colocando endereço. São esses milhares de problemas que terão de ser resolvidos e sempre haverá desgaste para os prefeitos, para o governo federal e para o governo estadual. Vai haver mais gasto. E, quando se tem mais gasto, administrar é descobrir o que podemos cortar da burocracia, do peso que não produz, que não gera serviço na ponta. O serviço necessário agora é atender os necessitados do Rio Grande do Sul.
Ainda que seja uma tragédia, com centenas de mortos e desaparecidos, famílias destroçadas, empresas destruídas, empregos desfeitos, esperança indo embora com as lamacentas águas, as enchentes do Rio Grande do Sul ensinaram uma lição para todos nós brasileiros. E, de coração espero que essa lição tenha sido aprendida e que fique marcada para sempre em nossos corações: O povo não precisa do Estado. As águas provaram que o povo brasileiro não precisa do Estado, de suas artimanhas, de sua presença que mais atrapalha do que ajuda. Não precisa cair mais na lorota que imposto cobrado é para prestar bons serviços. O Estado tem nos tirado, na mão grande, o sustento, a riqueza, a prosperidade para nos devolver nada. O Estado apenas entrega burocracia, intimidação, censura, lentidão, serviços péssimos, politicagem. Espero que essa lição seja aprendida não apenas pelos gaúchos, mas por todos os brasileiros. Está na hora do povo do Brasil se livrar do Estado se quiser se reerguer e prosperar.
Sábias palavras caro Roque Nunes, exemplo maior não poderia acontecer, cabe a cada um de nós brasileiros a reflexão e atitudes dignas.
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