Eu busquei por você desesperado
Encontrei só vazio e muito medo
A procela da angústia logo cedo
Tomou conta de mim, pobre coitado.
O meu mar sem você anda agitado
Eu buscando singrar nessa paixão
Já icei minhas velas, foi em vão,
Esperei pelo vento, não ventou
“Sou um barco largado que ficou
Atracado no cais da solidão.”
Já dei voltas tentando reencontrar
Um amor que perdi lá no passado
Vou correndo, voando… vou a nado
Eu não acho, nem paro de buscar.
Já me dói não poder lhe abraçar
Desse amor infeliz eu sou cativo
Sua fuga eu não sei qual o motivo
Aceitá-la, meu bem, eu não aguento
Abandono de amor é sofrimento
Neste mar de revoltas no qual vivo.
* * *
Observação:
Na primeira parte da poesia deste colunista encontramos os versos “Sou um barco largado que ficou / Atracado no cais da solidão”, sendo eles um mote criado pelo poeta Júnior Monteiro.
À DERIVA,
É lindo, como todas as coisas que o mestre Jesus de Ritinha escreve!
Abraçaço e parabéns!
Obrigado, Ciço!
Muito bom, poeta..
Obrigado, Assuero.
Aproveito seu comentário para corrigir a palavra ” icei “, que eu não sei de onde recebeu um R ali no meio.
Bela poesia!
Você é leal.
Não perde uma.
Poesia divinal. Vinda de Jesus, esperar o quê? Parabéns, Poeta.
Linda poesia. Jesus, você consegue sempre tocar o meu coração.
Obrigado, moça da praia.