DEU NO JORNAL

Guilherme Fiuza

Manifestantes pedem que presidente Lula rompa relações com o estado de Israel

O lado escuro do conflito no Oriente Médio tem um discreto favorecimento no Ocidente. Ou nem tão discreto assim. Uma das maiores máquinas de propaganda terrorista já vistas na história, o grupo que hoje dá as cartas na política Palestina não recebe o repúdio de nenhuma das mais célebres vozes em defesa da causa Palestina. Ou é distração, ou é apoio tácito.

Segundo a maioria dos estudiosos confiáveis do Oriente Médio, o estado iraniano se tornou grande financiador dos grupos terroristas da região. É um assunto que a imprensa ocidental trata cheia de dedos. Provavelmente porque há aí um amplo e lucrativo campo demagógico para defender árabes contra israelenses, naquela base direita x esquerda que não quer dizer nada. 

Nessa ficção esquisita, o lado árabe representa uma espécie de desafio revolucionário ao conservadorismo israelense, etc. (muitos etcs para essa cantilena). Aí os “progressistas” ocidentais fecham os olhos para como o Irã e vários outros países nada democráticos da região tratam as mulheres e os gays e fica tudo bem na revolução de mentira. 

Como essa propaganda demagógica se espalhou fortemente no Ocidente, o ódio cultuado contra Israel gerou uma nova onda de antissemitismo ostensivo – propagado por aqueles que dizem ser contra o fascismo e o nazismo. Deve estar faltando livro de história na praça. 

A mídia deu para publicar bobagens como umas listas, que mais parecem álbuns de figurinhas, mostrando entre as estrelas hollywoodianas quem é pró-Israel e quem é pró-Palestina. Assim mesmo: só a carinha do artista e a legenda “Israel” ou “Palestina”. Tipo Fla-Flu. E olha que a lista é enorme.

A idiotização fantasiada de polarização parece não ter hora para acabar. A “tomada de posição política” virou uma coisa menos complexa que escolher entre os Beatles e os Rolling Stones. 

A protagonista do remake de Branca de Neve, por exemplo, se sentiu poderosíssima, aproveitando a notoriedade para panfletar nas redes sociais pela causa palestina.

Como sempre, aquela afetação vaga de engajamento com fins humanitários sem uma palavra sobre o terror sádico do Hamas, que hoje “representa” politicamente a Palestina. 

O produtor do filme chegou a pegar um avião para Nova York para pedir à moça que não misturasse aquele proselitismo político com a campanha de lançamento. O remake de Branca de Neve, repleto de interferências da bobajada woke, foi um fracasso de bilheteria. 

Mas a disseminação desse tipo de proselitismo pelo ocidente – chegando a levar os EUA a investir numa relação “leal” com o regime obscurantista do Irã – fortalece os devaneios despóticos e belicistas dos alucinados de sempre. 

Se a Greta está na causa, é porque o esquemão está investindo nisso – não em apoio ao povo palestino, claro, que envolveria condenar a desumanidade do Hamas (inclusive contra palestinos, como mostrou recentemente a Gazeta do Povo). O esquemão quer discórdia. Quer intoxicar o organismo para facilitar seus propósitos parasitários.

Todos os apoiadores coreográficos da Palestina que se omitem gravemente quanto ao terrorismo que se aproveita da causa são sócios da guerra.

Um comentário em “A COMPLACÊNCIA OCIDENTAL COM O TERROR

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