JOSÉ DOMINGOS BRITO - MEMORIAL

A República (ou Revolução) Pernambucana de 1817 não se deu apenas em Pernambuco, seu epicentro. O movimento revolucionário abrangeu as regiões de Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. A República ali instaurada em 6 de março de 1817 durou 74 dias, tinha como objetivo obter a independência do Brasil e para isso criaram uma bandeira, um hino e enviaram um embaixador para os EUA em busca do apoio dos americanos.

Mesmo assim a data, considerada magna em Pernambuco com feriado estadual, é praticamente desconhecida em outros estados do País. Ou seja, não é considerada em âmbito nacional. Já a Inconfidência Mineira, ocorrida apenas em Minas em abril de 1792, que foi um movimento logo desbaratado pela corte portuguesa, foi transformado em feriado nacional comemorado com pompa e circunstância em todo o País.

Assim, Pernambuco que teve 2/3 de seu território surrupiado devido as revoluções de 1817 e 1824, com a Confederação do Equador, continua sendo injustiçado e desconhecido como o estado que antecipou em 5 anos a Independência do Brasil. Foi também a primeira província a se desligar de Portugal, em 1821, com a Convenção de Beberibe, antecipando em 11 meses o 7 de setembro de 1822.

Bem sabemos que hoje as comemorações nesta data histórica estão se dando de modo magnífico em Pernambuco. É sua data magna. Porém, se quiséssemos fazer justiça histórica a data deveria merecer um ponto facultativo. Não digo feriado, pois já temos muitos, em todo o território nacional. Poderíamos aproveitar o fato de termos um presidente pernambucano e encaminhar a solicitação deste pleito.

6 pensou em “6 DE MARÇO, DATA MAGNA DE PERNAMBUCO

  1. Pernambuco sofreu outras injustiças. A Rádio Clube de Pernambuco, ainda hoje existente, foi a primeira emissora do país, inaugurada em abril de 1919. No entanto, a “história oficial” considera a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, do Roquette-Pinto (atual Rádio MEC) como a pioneira. Por que? Talvez por se situar no Rio de Janeiro….

  2. Gratíssimo Hamilton
    por nos revelar informar sobre mais um pioneirismo pernambucano. Vou informar já meus conterrâneos, pois creio que eles também não estejam sabendo disso

  3. Gostei muito do texto e mesmo não sendo pernambucano também gostaria de apoiar a causa. Essa força dos movimentos nordestinos precisam ser mais valorizada e quebrar essa tendência de hipervalorizar o sul e sudeste em detrimento das outras regiões. Apoiado!

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