Hoje vamos passear pelo futebol. O futebol, que não está bem das pernas – por conta das administrações copiadas da política partidária nacional – mas continua sendo a principal diversão de um povo que sequer aprendeu a escolher seus dirigentes nas mais diferentes esferas.
Inicio pretendendo dizer que, é esse mesmo povo que, sacrificando a família, sustenta o futebol de inúmeras formas. Seja por conta do comércio induzido pela publicidade, seja por conta do pagamento (sacrificante) do valor dos ingressos dos jogos.
Intolerante que, num país que tem o salário mínimo que tem o Brasil, o ingresso para os jogos tenha o valor que tem, em detrimento ao que ganham os jogadores – que, diferentemente dos jogadores antigos, não jogam o futebol que seja condizente com seus salários. Mas, isso é assunto para outra postagem.
Ceará (alvinegro de Porangabuçu) reconquista vaga na elite
Sou torcedor alvinegro, e isso significa “ser anti-flamenguista”. Joguei amadoristicamente na juventude. A frustração psicológica me tirou de um provável profissionalismo, como jogador. Mas me manteve dentro do campo, como Árbitro – agora profissional, com início na FCD (Federação Cearense de Desportos), e, no Rio de Janeiro, na Federação Carioca de Futebol.
Saí do campo, mas me mantive nele, como Cronista Esportivo até me transformar definitivamente num ex-jogador amador, num ex-Árbitro profissional, e, finalmente, num ex-Cronista.
Torcedor (sem fanatismo) do Ceará, do Botafogo e do Santos, tenho motivos especiais para entender que, 2024 está sendo o ano da “Redenção alvinegra” – esperando que o Glorioso Botafogo de Futebol e Regatas atinja mais um título na tarde de hoje, quando enfrenta o São Paulo Futebol Clube no último jogo do Campeonato Brasileiro da Série A. O Botafogo será campeão com um simples empate diante do tricolor paulista.
Mas, falemos do Ceará Sporting Club.
A tremulante bandeira do Vovô alencarino
O ano de 2023 não foi bom. O clube enfrentou problemas por pressão da enorme torcida (a maior – numericamente falando – do Estado), o que culminou numa atitude digna de Robinson Castro, então presidente executivo, que resolveu deixar o comando e entrega-lo ao então vice. Eleito, o vice assumiu. Fruto da boa gestão e aceitação por parte da torcida, conduziu o time à reconquista do acesso para a elite brasileira, e isso lhe garantiu a reeleição como presidente.
O elenco montado não foi dos melhores, mas o comando técnico a cargo de Léo Condé acabou conseguiu chegar ao último jogo fora de casa, diante do Guarani/SP, dependendo de uma vitória. Não venceu, mas foi bafejado pela sorte, graças a uma vitória do Goiás contra o Novorizontino, esse concorrente direto do Ceará para o acesso. A vitória goiana contra o representante paulista garantiu a volta do Ceará à Série A no Campeonato Brasileiro de 2025.
Botafogo conquista o inédito título da Copa Libertadores
Há coisas que, realmente, “só acontecem com o Botafogo”. Eis que, por conta de várias administrações inexpressivas que conduziram o time que mais jogadores cedeu para a seleção brasileira, o Botafogo rondava e marcava presença no portão de entrada da falência. Mas, confirmando o dito popular (de coisas que só acontecem com o Botafogo), o clube de General Severiano foi transformado em SAF no ano de 2023.
Foi prejudicado por arbitragens facciosas, e, mesmo conseguindo a liderança com uma diferença de 14 pontos para o segundo colocado, acabou sendo derrotado por esquema impetrado a partir do VAR em conluio com arbitragens fraudulentas, confirmando que não é só na política que o Brasil vive mergulhado em corrupção. O assunto acabou gerando a criação de uma CPI – que, sabemos, vai terminar em pizza.
Disposto a virar a página negra, o americano John Textor (dono da SAF botafoguense) recompôs a direção executiva e essa conseguiu mudar muita coisa. Começou por reforçar o elenco, negociando jogadores e contratando outros. Contratou o treinador português Artur Jorge e o resultado foi o que culminou com a conquista inédita da Copa Libertadores de 2024 e poderá ser reforçada na tarde de hoje, com a provável conquista do Campeonato Brasileiro da Série A de 2024. Mas, o torcedor botafoguense sabe que, existem coisas que só acontecem com o Botafogo. Não vai comemorar antes do apito final do árbitro.
Bandeira do Botafogo brilhando no universo do futebol
No clube de General Severiano, destaques individuais para o proprietário da SAF, John Textor; o técnico português Artur Jorge e Comissão Técnica; os jogadores Marlon Freitas (capitão), Bastos, Alexander Barboza, Gregore, Savarino, Tiago Almada, Luiz Henrique e Igor Jesus. Destaque coletivo para a fanática torcida, que, sagrando-se campeã ou não, hoje fará uma festa no Estádio Nilton Santos, confirmando o ano de 2024 como sendo da “Redenção alvinegra”.
Santos volta para a elite com a conquista de campeão da Série B
Eu conheço Santos, o Santos e o Estádio Urbano Caldeira. Estive lá por várias vezes. O clube respirava futebol, Pelé, e ostenta o galardão de um dos melhores times de futebol de todos os tempos no planeta Terra. Faz pouco tempo perdeu Pelé, entrou em crises administrativas – mas continuou descobrindo craques para o futebol mundial – e, em 2023 acabou rebaixado para disputar o Campeonato Brasileiro da Série B em 2024.
Empacado entre o sim e o não, fez contratações pontuais para disputar a Série B. Entre essas contratações o técnico Carille, que deu um padrão de jogo próprio ao time e conquistou o acesso para a elite, com quatro rodadas antecipadas do final do campeonato.
O alvinegro praiano é mais um time da minha preferência que conquista e confirma o ano da “Redenção alvinegra”.
Bandeira santista desfraldada pontuando na elite do futebol brasileiro
Caro José Ramos, depois de sofrer um bocado de tempo, espero que meu Botafogo faça o dever de casa hoje, são muitos anos sem destaques no mundo esportivo.
Luiz Xavier, o “desenho” está pronto para isso. Acontece que não devemos antecipar comemoração, porque “existem coisas que só acontecem com o Botafogo”. É bom esperar o apito final do Árbitro.
Salve, salve todos os alvinegros!
Que o meu Vasco se erga também.
Jesus, vamos, juntos, voltar ao passado glorioso dos três: Botafogo, Santos e Vasco. Fomos, por anos, a base principal da seleção brasileira.