Guilherme Fiuza

Tem um festival de “especialistas” explicando por aí na imprensa “por que Trump é fascista”.
Trump é fascista porque a imprensa faliu. Trump é fascista porque a cara de pau substituiu o jornalismo. Trump é fascista porque a verdade não interessa mais a um gigantesco contingente de profissionais de comunicação. Trump é fascista porque a covardia de se investir em rótulos fajutos e espalhá-los para consumo de uma opinião pública flácida está dando lucro.
Pesquisa “DataFalha” exclusiva desta coluna: 93,42% dos demagogos fantasiados de jornalistas têm um fascista para chamar de seu. Para 99,9% desse universo, tanto faz o que a pessoa faz ou deixa de fazer na vida – o que importa é espalhar uma cascata “progressista” colocando num espantalho a culpa por todos os problemas reais e imaginários do Planeta Terra, caprichando no sotaque de missionário da ética (0,1% não sabem/não opinaram).
O sujeito governa por quatro anos o país que é considerado a maior democracia do mundo e os “especialistas”, “professores”, “doutores”, “sociólogos”, “cientistas políticos e gel-políticos” (e bota gel nisso), gatos-mestres, profetas de padaria e filósofos de fundo de quintal simplesmente ignoram a gestão dele na Casa Branca. A realidade estragaria toda a indumentária salvacionista.
Robert De Niro, o maior canastrão da política mundial, fez um comício patético no meio da rua dizendo que se Trump entrar na Casa Branca não sai de lá nunca mais. E vai destruir os EUA e o mundo.
Mas como o fato não tem mais a menor importância por ali, a farsa está em ótimos lençóis – de seda pura egípcia e logomarca dos bilionários bonzinhos que investem pesado na anestesia do senso comum. Anestesia ou lobotomia? Quem optar pela segunda hipótese não pode ser trancado num hospício.
O “fascista” fez um governo que reduziu as tensões internacionais. Reduziu as ameaças terroristas. Reduziu a inflação. Reduziu a imigração ilegal sem um pingo de xenofobia. Melhorou os índices de emprego e renda para boa parte das camadas socialmente menos favorecidas da população – incluindo latinos e negros. Vejam os dados de aprovação ao governo Trump nesses estratos demográficos.
Nenhum traço de constrangimento à liberdade de expressão é encontrado no governo anterior. O dono da Meta declarou ao Congresso norte-americano que o governo atual encomendou ações restritivas ao Facebook no período da pandemia. Não há registro de nada parecido, em termos dessa sanha de controlar o que o cidadão pode falar e ouvir, no governo Trump.
Quem são os fascistas? Como pode essa imprensa decadente, decrépita e leviana continuar espalhando teses mentirosas sobre a realidade que ela jura refletir?
A resposta é simples: pode, ou acha que pode, porque é decadente, decrépita e leviana. A ponto de se permitir, na reta final de uma eleição presidencial especialmente tensa e acidentada, continuar ajudando a colocar um alvo nas costas daquele que acaba de sofrer dois atentados – tendo sido um deles consumado, não resultando em assassinato por questão de milímetros.
Não estão nem aí. Continuam fazendo sua propaganda suja do “fascista”, buscando um sucesso melancólico e anêmico na bolha da burguesia decadente que se fantasia de humanista com meia-dúzia de adereços digitais.
Por que não foram todos ainda engolidos pelo seu próprio vexame? Porque as palavrinhas “direita” e “esquerda” socorrem os cínicos. Elas são o seguro de vida dos demagogos. “Conceitos” vagos e anacrônicos que podem ser lidos ao gosto do freguês, significando às vezes o exato oposto para um ou para outro, servem para quê? Uma parte significativa da opinião pública identifica “direita” como ameaça à democracia. Por que insistir num “conceito” que gera tanto mal-entendido – e ainda municia os picaretas para pregarem a eliminação de alguém por ser “de direita”?
É tudo muito estranho. Para quem quer realmente a democracia, talvez seja bom começar a chamar liberdade de liberdade – antes que essa possibilidade desapareça no baile de máscaras.
Eu estou acostumado aqui neste espaço a esta falácia do espantalho contra os conservadores.
Quando o nobre Goiano ainda frequentava estas plagas, o mesmo dizia que o conservador queria conservar as coisas como eram na época do nazifascismo, pouco se importando se eu argumentasse que isso era falso ou apenas uma narrativa furada.
Goiano era um esquerdista fanático e irrecuperável. Admitia que tinha uma doença irrecuperável pelo seu Idolo Cachaceiro.
Aí vêm os Isentistas. Mas quem são estes, me perguntariam alguns?
Isentista é aquele que fala que petista e conservador são dois lados da mesma moeda, que o Loola e Bolsonaro são os dois polos de um imã, ou seja, são iguais, apenas com os sinais trocados. Que a virtude está no centro, no equilíbrio e no muro.
O isentismo, a meu ver, é o pior tipo de posicionamento político. Quando a coisa aperta sempre cai para o lado esquerdo, deixando uma brecha para a direita.
Exemplo de “isentistas” na política; Kassab, Caiado, Temer, Lira…..
Aqui o mais famoso isentista com quem debati foi o falecido (de verdade) jornalista Carlos Brieckman.