Leandro Ruschel
Imagine como estaria a militância de redação hoje, se um assessor de ministro do governo anterior fosse até o Maracanã e postasse o seguinte, na sua rede social:
“Torcida preta que não canta. Descendente de africano, safado. Pior, tudo carioca.”
Troque “preta” por branca, “africano” por europeu e “carioca” por paulista, escrita na língua do Mussum… e você tem o post da assessora da Anielle Franco, que para piorar, foi até o estádio de jatinho da FAB, pago pelo contribuinte.
A militância de redação trata o caso como uma “crítica” à torcida do São Paulo…
O que existe hoje, no meio esquerdista identitário, é um incentivo ao racismo e à xenofobia contra brancos e descendentes de europeus, como uma forma de “reparação histórica” pela escravidão.
É o discurso do ódio “do bem”.
Como se escravidão não fizesse parte da realidade humana desde os primórdios, afligindo praticamente todos os povos, em algum momento da história. Foi principalmente pela evolução de valores ocidentais e cristãos que a escravidão em massa foi eliminada do mundo, apesar de ainda persistir em outras formas, infelizmente.
Além disso, é imoral condenar uma pessoa por um crime cometido supostamente por um antepassado. Se esse for o caso, não serão condenados também os negros cujos antepassados mantinham e vendiam escravos aos europeus? Sem contar que num país miscigenado como o Brasil, quase ninguém é 100% branco ou 100% negro.
O racismo que ainda persiste não será resolvido com mais racismo e divisão. Ao contrário, a única forma de acabar com o racismo é tratar todas as pessoas da mesma forma, não pela cor da sua pele, mas pelo seu caráter, como preconizava Martin Luther King.
Foi exatamente esse espírito revanchista que levou, durante os regimes comunistas, ao morticínio de milhões de pessoas, que seriam “exploradoras” do povo, num primeiro momento, prática que se estendeu posteriormente a todos “inimigos da revolução”, ou seja, opositores dos líderes comunistas.
Com o total colapso da revolução proletária, pelo simples fato que os proletários ocidentais enriqueceram além dos sonhos, enquanto os proletários russos – no paraíso socialista – precisavam ficar 8 horas na fila para ganhar um pedaço de pão, o marxismo se transmutou no identitarismo.
A luta não é mais de proletários contra os donos do capital, mas de negros contra brancos, de mulheres contra homens, de gays contra héteros, ironicamente, em boa parte bancada por bilionários que perceberam regimes socialistas como um caminho para aumentar o seu poder.
O objetivo é destruir as bases do tecido social, para então criar uma nova sociedade, mais “igualitária” e “justa”. Obviamente, o resultado será o mesmo da primeira onda revolucionária marxista: miséria e totalitarismo para o povo, poder e riqueza além da imaginação para os membros do partido e seus satélites.
A extrema-esquerda tem como principal combustível o ressentimento e a inveja. A responsabilidade pelo fracasso não é do indivíduo, mas da sociedade opressora. Tal sentimento é instrumentalizado por inescrupulosos, que enxergam no projeto revolucionário uma forma de ganhar a vida.
Não se engane: esse pessoas da extrema-esquerda não tem o menor interesse em acabar com pobreza, racismo, discriminação, misoginia, etc.. Ao contrário, pois se tais problemas fosse resolvidos, eles perderiam o emprego. É por isso que onde eles tomam o poder, os problemas só aumentam.
O objetivo é criar mais pobreza, mais racismo, mais discriminação, para continuar parasitando a máquina pública, e desfrutando de salários nababescos, viagens de jatinho, cargos em empresas públicas e todo tipo de benesse, escravizando aqueles que dizem defender, e destruindo a sociedade no processo.
Agora é crítica, deslize, erro e outros eufemismos retóricos justificativos; com Bolsonaro era ataque, agressão, atentado, abuso, afronta enfim, quanto mais incisivo, melhor!
Acho que ela vai voltar a antiga profissão!