Para os padrões da esquerda, que perdeu o controle das ruas nos últimos anos, as manifestações deste domingo tiveram um tamanho razoável. É preciso levar em conta que muitos vão pelos shows gratuitos, já que, ao contrário das manifestações dos conservadores, há nelas mais músicas do que discursos políticos.
Mas os olhos não mentem: as manifestações da direita ainda são bem mais numerosas, em que pese a turma da USP forçar um “empate técnico”. Não importa: a velha imprensa e os monstros do pântano enxergam só aquilo que desejam, e é por isso que falam do “recado do povo”. Eles ignoram as manifestações maiores da direita e vida que segue.
Foi o caso de Gilmar Mendes, decano do STF. O ministro resolveu elogiar a micareta da Rouanet e tirar conclusões com base neste “recado do povo”, ignorando não só as manifestações conservadoras como a necessidade de se manter imparcial, sem tomar partido político. Vamos ao que disse o ministro, com meus comentários em seguida:
As manifestações de hoje contra a anistia dos atos golpistas são a prova viva da força do povo brasileiro na defesa da democracia. Em diferentes momentos, registraram-se demonstrações de apoio ao Supremo Tribunal Federal, que esteve, mais uma vez, à altura da sua história, cumprindo com coragem e firmeza a missão de proteger as instituições e responsabilizar exemplarmente os que atentaram contra o Estado Democrático de Direito.
Se essas manifestações são “prova viva da força do povo brasileiro”, então podemos presumir que as manifestações maiores dos patriotas pedindo impeachment de Alexandre de Moraes provam ainda mais força do povo que quer a contenção dos abusos supremos. Mas Gilmar só viu manifestação neste domingo, pois devia estar hibernando no 7 de setembro…
Graças à atuação vigilante do STF e à mobilização da sociedade, o Brasil reafirma que não há espaço para rupturas ou retrocessos. Não por acaso, a bandeira que se estendeu nas ruas foi a do Brasil, símbolo maior da nossa soberania e da unidade nacional.
Houve ruptura quando o STF resolveu soltar Lula e torna-lo elegível. O próprio Gilmar se gaba de que, sem o STF, Lula não seria presidente. Se a bandeira do Brasil é critério para avaliar o patriotismo, então o ministro deveria lembrar que as manifestações bolsonaristas estão sempre lotadas de tais bandeiras, enquanto as de esquerda espalham a cor vermelha do socialismo.
A mensagem é clara: é hora de olhar adiante! Precisamos transformar essa energia democrática em um grande pacto nacional entre Executivo, Legislativo e Judiciário, comprometido com uma agenda de reconstrução e de futuro.
A mensagem é clara: é hora de voltar a respeitar a Constituição, que vem sendo rasgada pelo STF, que deveria ser seu guardião. É preciso soltar os presos políticos, gente como a Debora, condenada a 14 anos por usar um batom numa estátua. Os poderes precisam de independência, pois o Supremo vem atropelando o Legislativo.
O país clama por estabilidade e por avanços concretos em áreas como economia, segurança pública, meio ambiente e justiça social. Somente com unidade e visão de longo prazo construiremos um Brasil mais forte e verdadeiramente democrático para as próximas gerações.
Não sabia que Gilmar Mendes era político, mas o país clama, na verdade, pela retomada da economia com responsabilidade fiscal, o que existia com Paulo Guedes. O povo quer segurança, enquanto a esquerda prega a bandidolatria. Estamos virando um narcoestado e a culpa é justamente dessa turma que encheu a micareta dos artistas decadentes neste domingo. O povo quer justiça, não “justiça social”.
Somente com um Poder Judiciário dentro do seu quadrado construiremos um Brasil mais forte e verdadeiramente democrático para as próximas gerações!