XICO COM X, BIZERRA COM I

Dentro do imenso mar
mora um pouco do meu rio.
Ainda que uma gota apenas seja,
está lá o Capibaribe,
junto a tantas outras águas,
lavando mágoas,
levando sorrisos,
louvando almas,
bravas, às vezes, às vezes calmas …

Sua estrada molhada
vem desde a serra do Jacarará,
banhando margens e capivaras,
palafitas e palácios,
até o sereno entardecer na ‘belAurora’,
antes de entregar-se ao verde mar,
docilizando-o …

E aí, delicadeza branda e terna,
faz sorrir quem o contempla,
felicita o povo altivo,
vendo o rio, seu mar vivo,
‘doceaguado’ oceano
vigiado pelos altos coqueiros,
lembrar seu bravos guerreiros,
uma gente coberta de glória,
fonte da vida e da história!

3 pensou em “MEU RIO QUE VIRA MAR

  1. Um quadro bonito e colorido do casario refletido no Capiberibe.

    O que estraga totalmente são os caixotes ao fundo à direita mancham a pintura.

    Uma pena.

  2. Caro João, uma mancha da modernidade na beleza do passado. Sou muito mais os casarões que os caixotes, mas eles existem.Uma pena que assim seja, mas assim é. Abraço

  3. Que Xico era poeta, e dos bons, já se sabia. Agora o temos alargando seus horizontes. O que é bom. Muito bom. Viva o grande Xico!!!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *