O ex-governador Sérgio Cabral Filho (MDB-RJ) no momento de sua prisão, em dezembro de 2016
A Justiça Estadual do Rio de Janeiro condenou o ex-governador Sérgio Cabral a indenizar o Estado em R$ 2,5 bilhões. Claro que ele não vai pagar isso. Se ele foi condenado a 425 anos de prisão, ficou na cadeia apenas por um tempo e já está na piscina da casa dele fazendo recomendações de peças de teatro e de filmes, vai mesmo pagar R$ 2,5 bilhões? Outro ex-governador, Luiz Fernando Pezão, também foi condenado a pagar R$ 1,4 bilhão, e também não vai pagar. Lamento pela descrença no cumprimento de pena, mas motivos não faltam.
A mulher de Sérgio Cabral também tinha sido condenada a dezenas de anos de prisão; foi para casa porque tinha filho adolescente. A cabeleireira Débora, aquela do batom, passou um tempão na Colmeia, aqui em Brasília, até conseguir ficar com os filhos pequenos, que choravam e pediam pela mãe. Mas Débora é uma cabeleireira, não era uma primeira-dama coberta de joias…
* * *
Depois de Sabino, é Fufuca quem trai o eleitor
Não foi só Celso Sabino que resolveu desprezar o partido e, pior ainda, desprezar seus eleitores, que são seus mandantes. Sabino é um mandatário, ele tem um mandato, porque 142.326 paraenses lhe deram procurações para representá-los e foram abandonados porque ele preferiu ser empregado do Lula, ministro do Turismo. O turismo é mesmo uma maravilha no Brasil; só a cidade de Lisboa recebe mais turistas estrangeiros que o Brasil inteiro. Deveria ir para lá e aprender a atrair turistas, saber o que Lisboa tem e o Brasil não tem: segurança, limpeza, orientação, bons hotéis, boa comida – e tudo isso sem as belezas naturais que o Brasil tem. Mas esse é um outro assunto.
André Fufuca, do Maranhão, também já disse que não sai do Ministério do Esporte, que o presidente do PP, Ciro Nogueira, pode tirá-lo do partido, mas do governo ele não sai. Agora, está discutindo isso com a legenda. Danem-se os 135.078 eleitores maranhenses que lhe deram o mandato, a procuração para representá-los. Mas o verdadeiro mandante de Fufuca e de Sabino não é Lula, são os eleitores deles. Se não meterem isso na cabeça, não existe democracia representativa nesse país.
* * *
Ensino em casa tem parecer favorável em comissão do Senado
Boa notícia vinda da Comissão de Educação do Senado: a senadora Dorinha Seabra (União-GO) deu parecer favorável ao ensino em casa. Os que adoram ser colonizados chamam isso de homeschooling, eu chamo de “ensino em casa”. Conheço pais, mães e filhos que adotaram o ensino em casa, e são estudantes brilhantes. A relatora deu vários exemplos de nações que têm ensino em casa: em primeiro lugar, a Finlândia. que é o maior êxito de ensino do planeta Terra; depois, Áustria, Austrália, Islândia, Bélgica, República Tcheca, Canadá, Chile, Estados Unidos, Dinamarca, Itália, Nova Zelândia, Israel, Portugal, Noruega. Ela citou 18 países no total.
Não é só isso. A relatora alega que o ensino em casa é mais seguro – como também é a escola cívico-militar, onde não entram drogas, não entram traficantes, não entra faca nem arma de fogo na mochila. Lá existe disciplina e as pessoas aprendem a ouvir um “não”, como era a escola antigamente, no meu tempo. Eu tive a sorte de estar em escola pública, que ensinava tudo isso que hoje é preciso ensinar em casa ou na escola cívico-militar.
Outra vantagem é blindar as crianças e adolescentes do gramscismo, que é uma doutrina muito inteligente para se fazer a revolução comunista sem precisar de fuzil, conquistando as mentes e começando com as crianças, contando a história de outra forma. Uma vez, fui dar uma palestra em uma escola de Brasília e, na hora das perguntas, um menino de uns 12 anos me perguntou como era no tempo do regime militar, quando um soldado ficava em cada esquina para bater com a coronha do fuzil na cabeça das pessoas que passavam. Eu disse: “De onde é que você tirou isso?” Pois tinha sido a professora de História que contou.