Lula prometeu que zeraria as filas do INSS, um gargalo que há anos torna o acesso à aposentadoria um périplo burocrático.
“É possível fazer”, disse confiante, ainda candidato.
No discurso de posse, em 1.º de janeiro de 2023, reafirmou que acabaria com a “vergonhosa fila do INSS”, afirmando que tinha conseguido, no passado, reduzir o processo de concessão de benefícios de um ano para cinco dias.
Quase três anos depois, a constatação é que o governo fracassou na meta.
Os números dão a dimensão do problema: um aumento de 114% desde o início do mandato.
Em 2023, havia 1,23 milhão de pedidos de aposentadorias, pensões e auxílios em análise.
Em agosto de 2025, último dado disponível no Portal da Transparência do Ministério da Previdência Social, o total era de 2,63 milhões, pouco abaixo do recorde de 2,7 milhões de requerimentos pendentes, atingido em março.
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Um aumento de 114%.
Ou seja, mais que dobrou a meta.
A política de Dilma, dobradeira de metas, continua imperando na presidência.