26 pensou em “DICA DE CANDIDATO A VEREADOR EM SÃO PAULO PARA GANHAR VOTOS DO POVÃO

  1. Caramba, vou conseguir ficar contra os dois Francisco ao mesmo tempo. Vou pedir música no Fantástico.

    Mas a questão é que realmente é uma política inútil. Cinco minutos depois que um traficante é preso, já tem outro no lugar dele. É como enxugar gelo sob o sol do meio-dia.

    O governo gasta bilhões do nosso dinheiro para (tentar) manter presos dois caras porque um vendeu uma coisa que o outro queria comprar. Não deu certo nem em países mais sérios, quanto mais aqui.

    Mas para o brasileiro aquilo que o governo fala é sagrado, e é proibido pensar se faz sentido.

    • Marcelo, deixa eu ver se entendi direito.

      Então o negócio é abrir as fronteiras, deixar a coca passar por aqui e ir para a Europa e não importunar os traficantes. Melhor ainda, seguir o exemplo da Venezuela e virar um narcoestado. Devido a isso sofrer sanções dos EUA e de toda a Europa. Mas vai entrar muito dinheiro.

      O Facchim liberou os morros do RJ para os traficantes e o Estado (famigerado Estado) não entra mais lá. Goiano diz que as mortes de traficantes em confrontos com bandidos caiu X % e é só festa agora.

      Realmente o estado não serve para nada, viva o seu Xará acima.

      • João, o assunto é bem amplo, mas vou tentar resumir os argumentos principais.

        – Como os EUA mostraram com a “prohibition” (chamada Lei Seca por aqui), proibir não diminui o consumo, apenas estimula a criminalidade. Nos EUA, a proibição do álcool propiciou o surgimento de tipos como Al Capone. Quando o álcool foi legalizado novamente, a criminalidade associada a ele sumiu.

        – Por aqui também está mais do que evidente que proibir não resolve nada. Qualquer um consegue maconha ou coca a hora que quiser, e as cracolândias estão aí pelas cidades. A única diferença é que quando a polícia pega um rico, ele paga e fica solto, quando pega um pobre, ele vai para a delegacia e às vezes para a cadeia.

        – Os traficantes mandam nos morros justamente porque o estado quis assim: os traficantes têm a cumplicidade de corruptos legislativos, executivos e judiciários, e graças a essa cumplicidade tem exclusividade no negócio (e isenção de impostos) e portanto ganham muito dinheiro.

        – O estado não entra no morro? Entra sim, e vai direto para a casa do traficante repartir os lucros. Quem mais se opõe a qualquer idéia de descriminalizar as drogas são justamente os políticos, policiais, juízes e demais funcionários do estado que são sócios do negócio. Se fosse legalizado, esse dinheiro fácil sumiria.

        – A Souza Cruz manda em algum morro? A Ambev? A Itaipava?

        – Como trabalham em cumplicidade com o estado, os traficantes tem uma estrutura bem organizada. Quando um traficante é preso, o próximo na hierarquia assume. Achar que prender fulano ou ciclano muda alguma coisa é fantasia para político e imprensa fazerem sensacionalismo.

        – No caso específico da cocaína, existe uma capacidade de produção imensa na América do Sul. A polícia apreender dez quilos ou dez toneladas não faz a menor diferença, a capacidade de produção é muito maior do que isso e o custo é baixo. Apreende-se mil aqui, passam cinco mil lá. É enxugar gelo. O Brasil gasta milhões e milhões dos nossos impostos para fingir que é possível controlar mais de sete mil quilômetros de fronteira, para nada.

        – Sobre a suposta “questão social” ou “questão de saúde pública”. Nunca, literalmente, nunca ouvi falar de alguém que tenha morrido por overdose de maconha. Mas gente que morreu de beber cachaça, conheci muitas (uma funcionária minha viu o pai e a mãe morrerem de tanto beber). Cigarro vicia e causa câncer, também sei de muita gente que morreu disso. Então ainda estou esperando algum argumento sólido (não discursos emocionais e apelos à autoridade) que justifiquem um dar cadeia e os outros serem vendidos em qualquer esquina.

        – Geralmente o argumento básico a favor da proibição é circular: tem que proibir porque a lei diz que é proibido. Variação: é proibido porque é ruim, e é ruim porque é proibido.

        – O tráfico internacional é um problema de hipocrisia política. Realmente, se o Brasil parasse de revistar pessoas nos aeroportos quando embarcam para a Europa, seríamos criticados, principalmente porque o Brasil historicamente se comporta como uma criança no meio dos adultos quando se trata de defender seus interesses no comércio internacional. Provavelmente valeria mais a pena manter a fiscalização nos aeroportos, pelo menos por algum tempo.

        – Nos EUA e na maior parte da Europa, a polícia não dá a menor bola para maconha e não me consta que algum deles tenha virado um Haiti.

        Então, realmente o estado não serve para (quase) nada. Nesse ponto, você entendeu direito.

        • – Comparar a Lei Seca com a guerra contra as drogas de atualmente é tipo comparar um furto com um latrocínio. As diferenças são absurdas, desde a dimensão do delito, os contextos (particularmente no tocante a temporalidade) até a forma como ocorrem. Sem contar que até hoje ainda existe ilegalidade relativa ao álcool (ou nunca ouviu falar de “contrabando”?).

          – Para o seu argumento de que proibir algo aqui nada resolve, também não se vê muita solução para corrupção generalizada e homicídios de toda espécie. Então, de acordo com sua linha de pensamento, devemos deixar para lá homicidas e corruptos?

          – O tráfico realmente rende muita grana assim como qualquer prática criminosa. O detalhe que você simplesmente ignora é como funciona o mindset do criminoso que, diferente do cidadão comum, busca a alta recompensa sob alto risco e é indiferente ao curto prazo da mesma (tem que continuar praticando delitos para manter seu estilo de vida) e por isso o crime só compensa para quem assim pensa (duvido você, na condição de bom cidadão, topar ter milhões na sua conta enquanto você não tem paz de espírito sempre se mexendo para evitar ou a prisão ou uma morte violenta).

          – Essa história de “Estado entra nos morros e ganha dinheiro com isso” é mero discurso de efeito. É como dizer que agentes funerários são maus porque lucram com a desgraça alheia da morte, sendo que a morte é um fenômeno inevitável, do mesmo jeito que a natureza humana tem tendência para a criminalidade se não há recursos que coíbam tal tendência (princípios éticos, morais, religiosos, filosóficos, legais etc).

          – ´Similares a Souza Cruz, Ambev, Itaipava mandariam nos morros a partir do momento em que adotássemos as suas ideias geniais sobre relaxar o combate ao narcotráfico (ou você não acha que tipos como Beira-Mar ou Marcola não seriam alçados a posição de megaempresários donos de conglomerados empresariais relacionados a esse tipo de serviço já que entendem muito bem desse tipo de negócio?).

          – O argumento do próximo da hierarquia criminosa assumir o comando também serve para os demais crimes. Lutar contra o crime é como cuidar de unha: você corta para não deixar grande. Não na esperança de que deixem de crescer.

          – Enxuga-se gelo para muitas coisas aqui, caro articulista. A solução mais sensata para isso é melhorarmos nossas leis e as pessoas responsáveis em gerir os nossos recursos públicos, ou simplesmente tornarmos legais práticas extremamente deletérias para nossa já combalida sociedade? Além disso, é por isso que, sempre que se tem oportunidade, destrói-se plantações dessas porcarias. Então o esforço não é tão em vão assim.

          – Sobre a letalidade de cigarro e álcool para relaxar o uso da maconha, é o clássico “argumento-zumbi”: tão manjado e gasto que há tempos existem inúmeros modos de destruí-lo, mas que ainda resiste sob a necessidade de alguns necromantes pró-drogas. O que sempre lanço à mesa perante isso é: tem como comparar o poder imediato de destruição que há do uso do cigarro e do álcool perante outras drogas?
          Cigarro e álcool precisam de anos (e de forma descontrolada e massiva) para manifestarem seu poder de letalidade ou inutilização do usuário se comparados com outras drogas. Você nunca verá um país, um estado (ou província) ou mesmo uma cidade ou distrito com problema de saúde pública oriunda de cigarro ou álcool. Porém, leia sobre “Guerra do Ópio” ou sobre os efeitos colaterais que a Holanda (país sempre resgatado pelos adeptos da “Marcha da Maconha” como exemplo de sucesso da legalização da maldita erva) tem sofrido com uma horda de maconheiros que sobrecarregaram o Estado necessitando de assistência social por terem se tornado improdutivos enquanto cidadãos.

          – O suposto argumento básico da proibição que você cita é mera falácia do espantalho. Somente ignorantes ou sofismadores lançam de um raciocínio tão jeca.

          – No tocante ao tráfico internacional, é o único ponto no qual concordamos.

          – A Europa e estados progressistas estadunidenses não dão bola para diversas coisas e por isso existem pautas como a legalização do aborto, globalismo, dissolução da família e da propriedade privada, ideologia de gênero… Noruega e Canadá, por exemplo, estão bem longe de serem um Haiti. Contudo, não viveria em tais países onde práticas como neutralidade de gênero, diminuição da idade de consentimento sexual e parafilias como zoofilia e necrofilia são considerados “assuntos debatíveis” e levadas a sério nas esferas legislativas dos mesmos.
          Sem contar que daqui a algumas décadas a forma como os conhecemos hoje não mais existirá, já que o Islã está tomando conta deles sem precisar usar de táticas terroristas, profilerando-se no sentido mais literal do termo (pesquise sobre critérios necessários para a perpetuação de uma cultura para saber do que estou falando).

          – Enéas uma vez disse para um jornalista capcioso desdenhador da educação formal “elas (as escolas) servem pouco, mas é melhor a escola do que a ‘não-escola'”. Portanto, usando do mesmo molde no tocante ao seu desdém ao Estado no combate ao narcotráfico, o Estado serve para quase nada, mas é melhor o Estado do jeito atual do que o Anarquismo ou um Narcoestado.

          ======================================

          Desse modo, caro Bertolucci, embora considere você um tremendo colunista e articulista, e nutra um certo respeito e admiração por outros escritos seus, nesse caso deu uma tremenda cagada fora do penico com tais argumentos. A prova disso está no simples fato de que eu, mesmo me considerando alguém com uma bagagem intelectual, literária e cultural supostamente menor do que a sua, consigo pulverizar cada tópico seu com ferramentas bastante simples, contudo, repletas de torque lógico.

          • – Não entendi a diferença entre a criminalidade da lei seca com a atual. Vc diz que as diferenças são “absurdas” mas não explicou. Para mim, envolve corrupção e violência da mesma forma.

            – Contrabando existe até de smartphone, e tem a ver com não pagar impostos. Vamos proibir smartphone para acabar com o contrabando? Aí teremos traficante de smartphone.

            – Sobre homicidas e corruptos, a coisa entra na área mais filosófica da liberdade individual: homicidio é agressão a terceiros. Cheirar cocaína não agride ninguém. Antes que vc venha com a resposta óbvia “mas o viciado vai praticar crimes”, não-viciados também praticam crimes. Com o princípio do “proibir para evitar possíveis crimes” temos que proibir os automóveis (que podem matar gente, e matam 50000/ano no Brasil), proibir os casamentos (tem gente que mata por ciúme ou briga conjugal) e no limite aceitar a tese de que todo homem que tem pênis é um “estuprador em potencial”.

            – Não entendi o que tem a ver o “mindset do criminoso”. Criminosos não produzem e vendem cerveja ilegal porque não conseguiriam concorrer com a Ambev. Da mesma forma, se maconha não for ilegal, ninguém vai precisar comprar de um criminoso.

            – “Essa história de “Estado entra nos morros…” é discurso de efeito por que? Você não acredita que existe gente do estado aliada aos traficantes?

            – A Souza Cruz e a Ambev contratariam traficantes para exercer um negócio legal? Quando acabou a Lei Seca a Budweiser contratou o Al Capone?

            – Sobre o “próximo da hierarquia”: a diferença é que aqui estamos falando de uma estrutura organizada, inclusive com a participação do estado. É diferente de prender uma quadrilha de assaltantes. Situações diferentes exigem métodos diferentes.

            – “tem como comparar o poder imediato de destruição que há do uso do cigarro e do álcool perante outras drogas?” É exatamente isso que estou perguntando. E sempre que pergunto, escuto as mesmas frases emocionadas, os mesmos adjetivos escandalizados, mas nada de dados. No seu caso, parece que você acha que álcool e cigarro são OK porque matam aos poucos, e isso nunca será problema de saúde pública. Sério, Nicolau? Alcoolismo “nunca será” um problema de saúde pública?

            – Quanto à Holanda, por exemplo, já procurei bastante e não achei nenhuma notícia séria sobre algum problema causado pela legalização. Achei apenas afirmações vagas e sem fonte como a sua. Quanto à assistência social, eu como quase anarco-capitalista acho que não funciona. Se o argumento do custo da assistência social é válido para proibir a maconha, tem que ser válido para proibir álcool e cigarro, e talvez churrasco e macarronada também.

            – Você não viveria na Noruega ou Canadá. É um direito seu. Mas existe gente que vive lá, provavelmente porque tem opiniões diferentes das suas. Você permite? Você aceita que pessoas façam escolhas diferentes das suas, e arquem com as consequências? Ou o seu mundo ideal é aquele onde todo mundo pensa igualzinho ao Nicolai e quem discorda vai para a cadeia?

            ” é melhor o Estado do jeito atual do que o Anarquismo ou um Narcoestado.” Sobre anarquismo é outra discussão completamente diferente. Mas narcoestado? Que apelação é essa? O Brasil é um tabacoestado porque o cigarro é legal? Somos um estado-etílico porque cachaça e cerveja são permitidos?

            Para encerrar, duas considerações:
            – Fica evidente que toda sua argumentação parte do princípio “maconha e cocaína são moralmente erradas e devem ser proibidas”. Daí muitos dos seus argumentos se fundamentam em uma situação hipotética onde as drogas legalizadas continuariam sendo “ilegais”. Vou fazer outra comparação: nos anos 80, todo empresário conhecia um contrabandista de computadores. Comprar um computador importado era proibido e era crime do mesmo jeito que comprar maconha, mas todo mundo comprava. Aí “legalizaram” o computador importado. Pela sua lógica, os contrabandistas continuariam dominando o mercado e ‘mandando no morro’. Só que não foi o que aconteceu. As pessoas começaram a comprar computadores da IBM, HP, Compaq, Dell, e os contrabandistas sumiram desse mercado (ou quase)

            – Na minha longa experiência com internet, postagens que acabam com auto-elogios do tipo “refutei tudo” ou “pulverizei cada tópico seu” costumam não ser tão geniais quanto seus autores acham que são.

            • – A diferença está na analogia dada. É sensato comparar um roubo famélico a um latrocínio? A mesma coisa é a criminalização do álcool e da cocaína, por exemplo.

              – Os dois tópicos seguintes (envolvendo smartphones, automóveis, casamentos e pênis), muito simples: smartphones permitem também comunicação, automóveis facilitam o deslocamento, casamentos criam famílias e pênis serve tanto para urinar quanto para fins reprodutivos.
              Agora você tem alguma serventia de semelhantes efeitos para cocaína? Por aí já acaba o seu sofisma.

              – Criminosos não só produzem também cerveja (de novo, parece que desconhece contrabando e pirataria) como também nenhuma empresa, seja pública ou privada, conseguiria competir com drogas contrabandeadas. Ou você acha que os bandidos atuais que traficam querem perder tempo com toneladas de burocracia tartaruguesca para fazerem aquilo que já fazem muito bem sem precisar do Estado? Até parece que a grande ambição da vida de um Marcola é ser presidente de uma multinacional de drogas pesadas.

              – É graças a esse tipo de pensamento de confundir pessoas do estado aliada ao crime organizado com o Estado em si que temos onze urubus plumados no Excelso Pretório que acreditam cada um ser a instituição encarnada e a própria Constituição. De novo, sofisma.

              – Não contratou o Al Capone provavelmente pelo mesmo motivo pelo qual ele foi condenado a dez anos de prisão. Adivinhe qual o motivo? Han?
              Não, não foi por homicídio, tráfico ou propinas. Foi sonegação de impostos. Legal, né?

              – Não precisa ir tão longe para saber que álcool e cigarro nunca serão tão corrosivos a sociedade quanto maconha e drogas mais pesadas. A própria Holanda que falei (o Uruguai é outro exemplo) estão aí para dizer. Agora você poderia nos apresentar quais países estão sendo devastados por alcoolismo generalizado ou cancerosos pulmonares trazendo prejuízos econômicos graves a algum país.

              – Ah, anarco-capitalista… Já era de se esperar. O tipo que por não ver informações precisas acerca do arrependimento do governo holandês atribui a isso um caráter anedótico, mas acredita piamente em um sistema que nunca funcionou em lugar algum desde os primórdios da civilização.
              E não: macarronas e churrascos nunca sobrecarregarão recursos de assistência social. A não ser em seu país anarco-capitalista do reino da “delirolândia”.

              – No tocante a Noruega e Canadá, vive lá quem quiser, com certeza. Inclusive, não interfiro na vida de quem acredita ter nascido um bode azul-caramelo não-binário que transa com carniças e que acha que cocaína é tempero da salada. Sendo eles lá, e eu cá, encontro-me em paz, embora do lado de lá exista uma enorme insistência de tomar os lados de cá.

              – Não, o Brasil é um Estado como outro qualquer, cujo pontos fortes e de grande importância para sua economia não são, com certeza, cigarros e álcool, como presume seus neologismos. Por isso recomendo que se informe bem sobre o que é um narcoestado e que ele é uma possibilidade muito mais real do que o seu viés ideológico-doutrinário.

              – Sobre seus dois pontos finais:

              1.1) em momento algum reivindiquei princípios morais ou éticos para defender minha tese sobre a criminalização das drogas. Isso não passa de um “wishful thinking” de sua parte no anseio de esperar um antagonista mais favorável ou menos indigesto as suas colocações. Sem contar que isso escancara um dos principais estigmas do mindset anarco-capitalista: a ausência de escrúpulos para favorecer interesses um tanto quanto réprobos. Não é à toa que alguns de sua estirpe advoga por tratar a liberdade como um produto vendável ou mesmo o próprio corpo. Traficantes de órgãos lambem os beiços só de pensar em tais teses.

              1.2) ainda bem que você não caiu no vacilo de falar que existiam “traficantes de computadores”. Mas interessante é que, no caso dos traficantes de entorpecentes, você não quer nem que se passe pela cadeia “tráfico-contrabando-prática legal”, já pulando a abordagem do contrabando. Parece-me que existe uma inquietude ou urgência para que haja legalização disso… Curioso.

              2) na minha longa experiência pela internet também descobri muitos cujas montanhas de livros lidos teriam mais utilidade empilhados e besuntados de querosene para esquentar mendigos nas noites de inverno. Da parte de tais indivíduos, não só seria a maior contribuição social dada, como também uma genialidade que oferecia soluções práticas ao invés de lapsos teóricos que somente fomentam confusão.

        • Marcelo, eu não vejo tantas falácias juntas há algum tempo.

          Comecemos pela maconha: seu uso frequente aumenta: ansiedade; depressão; pânico; medo; problemas de memória e aprendizado; quadros psicóticos; desenvolvimento de esquizofrenia; a coordenação motora é afetada; alteração na capacidade de julgamento; tem efeitos paranoicos. Causa muito mais problemas respiratórios que o cigarro, que não causa os quadros acima descritos.

          Maconha é simples de plantar e produzir, daí sua fácil disseminação. É uma forte porta de entrada das demais drogas

          A cocaína vem da folha da coca. Somente dois países a produzem: Bolívia e Peru, nossos vizinhos. A Colômbia se destaca pelo refino e a produção da pasta da coca, bem como seu terrível derivado, o crack.

          Comparar os efeitos deletérios da maconha e da cocaína ao álcool e o cigarro é como comparar uma bomba atômica com uma granada. A cocaína vicia após poucos usos. Seu vício traz consequências terríveis para as famílias.

          Por falar em vícios; comida (açúcar, chocolate, carboidratos), sexo, internet, jogos; tudo isso também causa vício e são permitidos. Porém, à exceção dos jogos não destroem a família como as drogas.

          Há um interesse por parte do Sistema em colocar principalmente a maconha como um recreativo. quantos filmes de hollywood colocam o mocinho fumando um baseado após uma transa com a mocinha? Isso não é de graça.

          Raciocínio similar ao: “como não se consegue combater as drogas, melhor aceitar o tráfico”. No Brasil somente 8% dos assassinatos são resolvidos, melhor então liberar o assassinato. Bem, no caso do aborto o Sistema bem que tenta.

          Há muito jogo de interesse nesta história de descriminalização das drogas.

          Marcelo, não seja ingênuo, pois parece que v., neste caso é um agente do Sistema, se for, então v. está do lado errado da história.

          Ah, hoje eu vi que o seu xará candidato a vereador por SP é do Novo. Certamente foi pressionado pelo partido e já arregou parcialmente do que disse.

          • Desculpe, João, mas sempre que alguém na internet não gosta de um argumento mas não sabe responder, chama de falácia. E geralmente coloca um monte de falácias depois.

            Eu sei que para muita gente, como você e o Nikolai, comparar maconha, álcool e cigarro é “comparar uma bomba atômica com uma granada”. Mas sem dados, isso é apenas uma frase de efeito. Você tem algum número? Não, ninguém tem, porque os poucos números produzidos são encomendados por gente que tem interesses e convicções pré-estabelecidas.

            Mas de forma geral:
            1a. Tem gente que bebe cachaça a vida inteira sem consequências ruins.
            1b. E tem gente que perde o controle e arruína sua vida e de sua família.
            2a. Tem gente que fuma a vida inteira e morre de velhice.
            2b. E tem gente que fuma, têm câncer de pulmão e morre jovem, às vezes deixando a família desamparada.
            3a. Tem gente que usa maconha a vida inteira sem consequências ruins.
            3b. E tem gente que se perde e vira um peso inútil para a família.

            Toda argumentação que eu vejo a favor do status quo parte do princípio de que 1a e 2a são a regra, 1b e 2b são “detalhes desprezíveis”, 3a é uma mentira deslavada dos maconheiros neoliberais comunistas subversivos e 3b é uma certeza tão inevitável como uma praga divina. Ou seja, um monte de preconceitos inúteis, fundados no desejo do argumentador e não na realidade.

            A necessidade deste argumento leva as pessoas a tolices evidentes, como negar que vícios em “sexo, internet, jogos” podem destruir famílias. O Nikolai chegou a afirmar que “álcool nunca será um problema de saúde pública”.

            Quanto à Hollywood, nos filmes dos anos 50, 60, 70 e 80 todo mundo fumava cigarros o tempo todo. Qual o ponto?

            Quanto ao surradíssimo argumento da comparação com o assassinato, duas respostas também surradas:

            – Assassinato é agressão contra terceiros. Consumo de maconha não é.

            – Assassinatos não tem organizações criminosas de alcance nacional, hierarquicamente estruturadas e com numerosas conexões em todas as esferas do governo. Para situações diferentes, soluções diferentes.

            Por último:
            ” v., neste caso é um agente do Sistema, se for, então v. está do lado errado da história.”

            Das cento e tantas colunas que já publiquei aqui no jornal do Berto, são poucas as que não falam mal do governo e do estado. Depois disso, me acusar de “agente do sistema” me parece contraditório. Ou esse “sistema” tem a ver com os iluminatti, os templários e teorias do gênero?

            Quanto à história, eu sempre defendi que não há lados certos ou errados. Há escolhas e há consequências para essas escolhas. Eu acredito na liberdade de cada um fazer suas escolhas, respeitando o velho princípio da não-agressão (“seu direito acaba onde começa o direito dos outros”). Todas as guerras, matanças e ditaduras da história foram iniciadas por gente que tinha convicção e fé de estar do lado certo da história.

            • Falácias se destroem com argumentos. Eu usei argumentos sólidos em meu comentário, ou vai querer dizer que a maconha não pode causar os efeitos que listei no 1º parágrafo?

              Quanto À comparação da maconha com cigarro e álcool; basta dizer que, segundo site oncoguia:

              “Fumar maconha aumenta sim o risco de câncer de pulmão. Muitas pessoas que consomem maconha também fumam cigarros, e existe evidência que o uso combinado aumenta o risco para câncer de pulmão.”

              Agora, é normal uma pessoa fumar maconha e não beber ou fumar cigarro?

              Eu bebo, não sou viciado e passo longe de cigarro ou maconha. Um como de vinho tinto ao dia faz bem ao coração e não causa malefícios, segundo o site guia de saúde.

              Agora dizer que o uso da maconha não aumenta a violência é desconhecer que 80% dos assassinatos envolvem drogas de alguma maneira, segundo a ssp.sp.org

              • Q.E.D.

                – “Maconha pode causar os efeitos que eu listei no 1º parágrafo?”

                Não sei, me diga você. Por exemplo: quantos artistas da Globo usam maconha: nenhum, quase nenhum, poucos, muitos, quase todos ou todos?

                Se a resposta é de “muitos” para cima, deve ser fácil achar algum que mostre os tais efeitos, ou que morreu disso.

                Já as mortes por cigarro ou bebida, eu posso fazer uma lista bem grande só com as famílias de meus ex-funcionários.

                Para deixar bem explicadinho: eu nunca disse que maconha é bom ou que não faz mal; eu disse que um monte de outras coisas também fazem mal, até mais, trazem risco de vida, até mais, e são permitidas. Eu quero saber o porquê.

                – “Fumar maconha aumenta sim o risco de câncer de pulmão.”

                Então ter câncer de pulmão por fumar Hollywood tudo bem, ter câncer de pulmão por fumar maconha não pode. Qual a sua “linha divisória” aí?

                – “80% dos assassinatos envolvem drogas de alguma maneira, segundo a ssp.sp.org”

                Primeiro, a SSP não é neutra na história, de um lado porque boa parte da verba dela vem do “combate ao tráfico”, de outro porque boa parte dos corruptos estatais que dão suporte às organizações criminosas está justamente na área policial. As duas coisas juntas fazem com que as Secretarias de segurança, todas, tenham todo interesse em manter essa mentira da “guerra às drogas”.

                Segundo, só existe violência relacionada às drogas porque elas são mantidas pelo estado na ilegalidade. Vou repetir mais uma vez: não existe violência entre Ford e Volkswagen, nem entre Samsung e LG, nem entre Itaipava e Ambev.

  2. Agir, tomar partido, batalhar não pode sacrificar a inteligência. Não neguemos a realidade e a nossa capacidade para sempre tentar perceber tudo melhor, sob muitos pontos de vista, e tentando não nos entrincheirar.

    Se fosse para ganhar voto ele dá a dica: vestir camisa do Bolsonaro. Amanhã todos os candidatos a vereador estarão com camisa do Jair.

  3. Alguém me explicaria pra que serve o DEA dos USA ?
    E porque o USA foi buscar o El Chaco no México ?

    e porque este trabalho todo ?

    Descargan la droga del ‘narcosubmarino’ hundido en Pontevedra tras hacerlo emerger del agua
    RTVE.es / EFE
    5-6 minutos

    4 min.

    El narcosubmarino hundido el pasado domingo en la Ría de Aldán (Cangas do Morrazo), en Pontevedra, ha sido reflotado en las últimas horas por equipos de especialistas de la Guardia Civil y del Servicio de Vigilancia Aduanera e izado hasta el puerto, donde se los agentes han podido acceder a su interior. El delegado del Gobierno en Galicia, Javier Losada de Azpiazu, ha confirmado que el submarino transportaba 152 fardos de cocaína, con un total de 3.000 kilos en total, según ha confirmado el pesaje de la Guardia Civil, con un valor aproximado de cien millones de euros en el mercado de la droga.

    El delegado de Gobierno ha explicado ante los medios algunos detalles del operativo puesto en marcha y en el que han participado un total de 240 integrantes entre agentes de la Agencia Tributaria, Guardia Civil y Policía Nacional, con la asistencia de helicópteros, aviones y embarcaciones, así como submarinistas de la Guardia Civil.

    Una vez fuera del agua, se ha podido comprobar que, efectivamente, el narcosubmarino mide 20 metros de eslora. Para el traslado del sumergible, un camión góndola esperaba a última hora del martes junto al puerto de Aldán, donde se desplazaron dos enormes grúas para izarlo.

    Todo ello después de que a media tarde el submarino se fuese a pique cuando estaba a punto de ser subido por la rampa del puerto, aprovechando la pleamar y con la ayuda de dos barcos pesqueros. Los arneses se soltaron frustrando la operación, que había comenzado sin éxito la noche anterior, cuando tras fracasar en su intento de reflotarto decidieron arrastrarlo hasta dejarlo a una milla del puerto de Aldán para reiniciar las operaciones al día siguiente.
    Una operación “histórica” que descubre nuevas vías del narcotráfico

    Las investigaciones, en las que han colaborado agentes de Portugal, Estados Unidos y Brasil, comenzaron cuando el Centro de Análisis y Operaciones en materia de Narcotráfico (MAOC) alertó al Centro contra el Terrorismo y el Crimen Organizado (CITCO) de que la nave se dirigiría a España por el Atlántico cargada de cocaína.

    Desde ese momento se desplegó un dispositivo de detección medios aeronavales de A Coruña y Pontevedra y se reforzó la presencia policial en toda la zona de costa para detectar la presencia del submarino en el que transportaban la droga. La situación de temporal en el mar no permitió al semisumergible entregar la droga a una segunda embarcación y obligó a sus tripulantes a desplazarlo hasta la costa, donde los detenidos provocaron su hundimiento y lo abandonaron.

    Esta maniobra fue detectada por una patrulla de la Guardia Civil con medios de visión nocturna, que localizó el lugar de llegada de la nave y detectó la posterior huida de sus tripulantes.

    Había tres tripulantes a bordo del submarino, de los cuales se ha detenido a dos, de nacionalidad ecuatoriana, puestos a disposición de la justicia y que se encuentran en prisión provisional comunicada y sin fianza. Las autoridades buscan ahora al otro tripulante, que se cree que tiene nacionalidad española, después de que huyeran del navío por temor a que fuera apresada la droga.

    El delegado del Gobierno ha calificado de “histórica” esta operación. Losada de Azpiazu ha destacado que es la primera vez que se detecta e incauta en estas costas un submarino de transporte de drogas, un hito que crea una “hipótesis nueva de trabajo” para los cuerpos de seguridad acerca de la posible llegada de este tipo de naves a las costas europeas.

    El narcosubmarino venía con una capacidad suficiente de combustible cuando fue detectado, una prueba de que los narcotraficantes están buscando nuevas formas de distribuir droga en la Unión Europea.
    La investigación sigue abierta

    Tres grandes clanes gallegos, en el punto de mira por el narcosubmarino incautado

    La Policía Nacional tiene en su punto de mira a tres organizaciones de narcotraficantes gallegos como posibles destinatarios, que sospechan de no más de tres, entre ellos el clan de Sito Miñanco, los cuales tienen capacidad económica y logística para fletar un artilugio de estas características, cuyo valor puede ser superior a los dos millones de euros.

    Aunque el uso de submarinos es muy habitual en América, señala la Guardia Civil, se trata de la primera vez que se detecta este sistema de transporte de droga en Europa. Aún está por determinar su procedencia, si el narcosubmarino provenía de América y cruzó el océano Atlántico o si venía del sur, de la costa africana.

    Se trata de un artefacto de fabricación artesanal, realizado en fibra, con capacidad y autonomía para transportar entre tres y cinco toneladas de cocaína y con 20 metros de eslora, y el valor de la droga incautada podía llegar a cien millones de dólares.

    • Serve para os políticos fazerem demagogia, e para garantir a reserva de mercado dos traficantes e seus aliados dentro do estado.

  4. Moçada,

    Libera essa merda toda e bota o governo para distribuir abundantemente entre os chapados.

    MORRAM!!!!!

    Não vi um maluco desses chupando chupeta e usando fraldas. Tudinho adulto. Parem de encher-lhes o saco e deixem os caras morrerem em paz, curtindo o seu barato sem fim. Só assim, encerra essa putaria toda e os noiados vão perturbar no inferno. Na próxima vez que vierem, e se aprenderam alguma coisa, não vão passar nem perto dessas porcarias. Ficarão só na cervejinha e no vinho, que nem eu.

    A bronca é que nosso “amado” governo criará, imediatamente, a MACONHOBRAS – empresa responsável pela aquisição e distribuição da maconha, cocaína e assemelhados. Já estou vendo a cena: Prédio de 30 andares no centro do Rio de Janeiro, 5.000 funcionários regiamente remunerados, todos recebendo insalubridade e outros penduriclhos, já que lidarão com drogas. sedes regionais em cada um dos estados, cada uma delas também com milhares de empregados. Com tudo isso, o preço da maconha, inevitavelmente, terá de ser majorado, a fim de cobrir os custos do PROMACONHA – Programa Nacional de Desenvolvimento da Maconha. Subsídios de bilhões serão alocados, e devidamente desviados pelos políticos, só para este programa. O mesmo se repetiria com a cocaína, morfina, heroína, e por aí vai. O governo brasileiro seria obrigado a criar novos impostos só para custear o PRO-BARATO, reunião dos programas de todas as drogas. Algo assim como uma nova CPMF.

    • Sr. Adônis,

      o hilário disso tudo é que os intelectualóides da maconha falam de “menos Estado”, mas desconsideram que o Estado não só seria o proprietário desse troço, como em nada isso garantiria o fim do tráfico (apenas o que chamamos hoje de “tráfico” seria chamado de “contrabando” e traficantes cometedores de incontáveis crimes de sangue seriam chamados de “empresários”).

      Tanto o Anarquismo quanto o Socialismo produzem tipos avessos a qualquer resquício de lógica.

  5. Adônis e Nikolai:

    Estatizar a maconha foi o que fez nosso vizinho Uruguai, e claro que estatizar não é solução para nada. Mas cerveja, cachaça e cigarro no Brasil não são estatizados, então há uma esperança para a legalização da maconha.

    A vantagem é que maconha é muito mais fácil de plantar que tabaco, então a produção artesanal seria um forte concorrente para a industrial. Vocês acham que a Souza Cruz não mexe seus pauzinhos no Congresso e na opinião pública para garantir seu monopólio?

    O que o governo provavelmente fará com a maconha comercializada é cobrar muito imposto, como já faz com bebida, cigarro e todo o resto. Haverá um pouco de comércio por baixo dos panos, como há para tudo.

    Daí a achar que os atuais traficantes continuarão mandando na área, como quer o Nikolai, vai uma distância enorme que só pode ser percorrida deixando a emoção sobrepujar a lógica.

      • Se for pensar assim, todo combate à criminalidade é inútil:

        – Se dificultarmos os assaltos a banco, os bandidos vão assaltar residências.

        – Se dificultarmos os roubos de carro, os bandidos vão bater carteira.

        – Se dificultarmos os sequestros, os bandidos vão roubar lojas.

        E assim por diante.

        Mas a questão não é tentar adivinhar como os bandidos vão ganhar a vida. É acabar com a fonte de renda deles acabando com o monopólio que eles tem hoje.

        • Se trancarmos os bandidos nas cadeias por um longo tempo eles não farão mais nada. Matando, melhor ainda.

          Como disse JB no Jô: não vi nenhum bandido morto voltar a roubar, matar, estuprar, traficar.

          Bandido bom é bandido…(obrigado Sancho)

          • No começo, todo mundo acha lindo e fácil resolver as coisas: é só matar quem é bandido.

            Vamos matar quem assalta? Vamos!!!!

            Vamos matar quem fuma maconha? Vamos!!!!

            Vamos matar quem sonega imposto? Vamos!!!!

            Vamos matar quem anda sem máscara na rua? Vamos!!!!!

            Vamos matar quem estaciona o carro em cima da calçada? Vamos!!!!!

            Vamos matar quem descumpriu qualquer uma das 5361 regras que o governo inventa todo dia? Veja beeeeeem….

            Como eu disse em outro comentário, todas as guerras, matanças e ditaduras da mundo foram feitas por gente de bem, que tinha certeza de estar “do lado certo da história” e que sabia direitinho o que era certo e o que era errado (por coincidência, os errados eram sempre os outros….).

        • “Mas a questão não é tentar adivinhar como os bandidos vão ganhar a vida. É acabar com a fonte de renda deles acabando com o monopólio que eles tem hoje.”

          Acabar com o monopólio da criminalidade criando um monopólio estatal: eis a solução!

          ₢ Show! Anarco-capitalismo ensinando as pessoas a pensarem logicamente desde o levantamento do templo de Göbekli Tepe! ₢

  6. Para o cara que ao ser pego com uma quantidade “pequena” de droga dizer que é para consumo próprio, sugiro que nesse caso façam o cara consumir tudo antes de ser liberado. Pode ter certeza, que vai diminuir em mais de 90% dos pequenos traficantes (aqueles chamados de “aviões”).

    • E esses 90% citados por você não consomem, pois sabem que o tribunal do crime os aguarda com uma sentença pré-fabricada saída quentinha do microondas onde vão findar suas existências terrenas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *