RODRIGO CONSTANTINO

Milhares de manifestantes de direita se reúnem na Avenida Paulista, em São Paulo, neste 7 de setembro

Milhares de manifestantes de direita se reúnem na Avenida Paulista, em São Paulo, neste 7 de setembro

Feriado de 7 de setembro, o mais importante da Pátria, pois celebra sua Independência, e o povo foi em peso às ruas de todo país gritar por anistia. O povo fez sua parte, lotando a Avenida Paulista, Copacabana e outras cidades país afora. O contraste com o festejo oficial do governo Lula, totalmente esvaziado, e com o “grito dos excluídos”, organizado pela esquerda radical, mostrou que a direita tem a hegemonia das ruas.

Vários cartazes pediam Anistia Já, impeachment de Alexandre de Moraes e Fora Lula. As pautas giram em torno do mesmo tema: o desejo de resgatar a democracia perdida em nosso Brasil. Temos presos políticos, caça às bruxas, censura, e Moraes virou o grande ícone desse estado de exceção, dos abusos supremos.

Bandeiras americanas mostraram a gratidão do povo pela pressão que tem feito o governo Trump contra tais abusos. De Tabata Amaral e Ricardo Noblat, a esquerda tentou ver contradição nisso, já que a direita grita que nossa bandeira jamais será vermelha. Confundem a paixão da própria esquerda pelo comunismo, querendo substituir a bandeira verde e amarela pela vermelha, com uma singela homenagem aos americanos. E são os mesmos que ostentam bandeiras palestinas em seus protestos!

Os discursos das lideranças que subiram nos carros de som foram firmes na defesa das liberdades. O governador Tarcísio de Freitas chamou a atenção por seu tom mais contundente, e foi a primeira vez em que mencionou diretamente o ministro supremo: “Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes”. Tarcísio cruzou o Rubicão e já está sendo atacado pela turma elite por isso, mas merece aplausos. Até “ontem” ele estava apostando no diálogo, mas sabemos que dialogar com Moraes é pedir para ser atropelado por abusos constantes.

Michelle Bolsonaro, por sua vez, fez o discurso mais comovente, às lágrimas, mostrando o grau de humilhação que sua família precisa enfrentar todos os dias. Sua filha Laura, de 14 anos, sempre que vai à escola passa por revista no carro para ver se seu pai não está escondido para fugir. Bolsonaro não cometeu qualquer crime, sequer foi condenado pelo suposto golpe nesse julgamento farsesco, mas o sistema impõe um grau de humilhação que expõe o sadismo dos envolvidos.

Por fim, o editorial do Estadão deste domingo merece menção, por ser o mais infame numa lista grande. Basicamente o jornal tucano admite que o STF foi longe demais, e pede a volta à normalidade institucional – mas somente depois de condenar Bolsonaro. É como Santo Agostinho ao pedir castidade, mas não “agora”. O jornal faz vista grossa a todos os abusos que, no fundo, condena, pois o alvo é o bolsonarismo. Para pegar Jair Bolsonaro, vale tudo!

É justamente contra este tipo de mentalidade que o povo foi às ruas protestar e pedir anistia, pois entende, muito melhor do que os “refinados democratas” do jornal, que é assim que as democracias morrem. A normalidade institucional precisa ser resgatada já, agora mesmo, não amanhã ou depois. E para tanto é preciso anistiar os inocentes condenados pelo Supremo para dar respaldo a uma narrativa fajuta de golpe. Não houve golpe algum, ao menos não por parte de Bolsonaro. O verdadeiro golpe foi dado pelo próprio STF…

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