PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

Quando ela passa todo mundo espia,
Não para a cara, que não é formosa,
Mas para a bunda, que é maravilhosa.
Em bunda, nunca vi tanta magia.

Requebra, sobe, treme e rodopia
Dentro de uma expressão maravilhosa.
Deve ser uma bunda cor-de-rosa,
Da cor do céu quando desponta o dia.

E ela sabe que sua bunda é boa.
Vai pela rua rebolando à toa,
Deixando a multidão maravilhada.

Eu a contemplo, num silêncio mudo.
Embora a cara não valesse nada,
Só aquela bunda me valia tudo.

Belmiro Ferreira Braga, Juiz de Fora-MG (1872-1937)

Um comentário em “A BUNDA – Belmiro Braga

  1. Galanteador de 5ª categoria este Belmiro.

    Bocage é um erudito perto deste Juiz-Forano.

    Poesia desclassificada e que reduz a mulher a uma bunda e só.

    Saudades da nossa Flor.

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