Zé Vicente da Paraíba (1922-2008), pai deste colunista
O poeta José Vicente da Paraíba chegava inesperadamente, quando Zé Limeira abria a primeira baionada, sob o pretexto de “molhar a goela”. Pontificando agora ao lado de Zé Vicente, o poeta do absurdo continua a ser aplaudido pela multidão que se avoluma, circulante, em torno da barraca.
O talento de Agnelo Amorim extrapola neste momento romântico com este mote:
São frios, são glaciais,
Os ventos da solidão.
E daí vem a inspiração de Zé Vicente, num relance:
Quando se sente saudade
Duma pessoa querida,
Dá-se um vazio na vida
E dói esta soledade…
Ninguém suporta a metade
Da dor do meu coração,
Lembrando o aceno de mão
Do amor que não voltou mais…
São frios, são glaciais,
Os ventos da solidão.
FONTE: Orlando Tejo, em Zé Limeira, poeta do absurdo.
Abençoado o som que traduz um fenômeno eterno.
Prosperidade