A SAFADEZA É ANTIGA
Lí há pouco tempo um livro interessante, que recomendo, o titulo é Historia do Brasil Para Ocupados, de Luciano Figueiredo, editora Leya Brasil.
O autor faz uma varredura na nossa historia desde Pedro Alvares Cabral até Getulio Vargas, me chamou atenção a história de um português chamado Pero Borges.
Este cidadão ocupava em 1543 o cargo de corregedor da justiça na cidade de Elvas, na região do Alentejo.
Na construção de um aqueduto, ele foi denunciado a por desvio de dinheiro público (meteu a mão, roubou) no valor de 114 mil reais da coroa Portuguesa, em 1547 a sentença saiu, ele foi condenado a devolver o dinheiro roubado e 3 anos sem poder ocupar cargo publico. O dinheiro foi confiscado da renda de uma fazenda que ele tinha em Portugal.
Em 1548, em plena vigência da sua condenação, D. João III, o nomeou para ser ouvidor geral do Brasil, cargo equivalente a Ministro da Justiça. Diante do clamor, alegaram que a condenação dele havia sido em Portugal, e não no Brasil, trocando em miúdos, em Portugal ele era ladrão, no Brasil não.
Este cidadão veio para o Brasil, e exerceu o cargo durante alguns anos, como se nada tivesse acontecido, e como diria uma ex-empregada que trabalhou na minha casa “Esgravatando os dentes e rindo da nossa cara”.
Quando vejo gente que foi denunciada condenada, presa, e hoje tem alto cargo na politica, e no governo, acabo acreditando que essa coisa de se proteger pessoas corruptas no nosso País vem de longe, é herança cultural. Na frente do que assistimos hoje no país, chego à conclusão de que Pero Borges era um cheira cola batedor de carteira.
E segue o baile…
Esse é o Brasil de fato. Vou reproduzir essa história
Wellington, você pode confirmar se era 114 mil réis e não reais?
Nos anos 1500, era réis.
Foi nosso azar nao termos sido colonizados pelos ingleses ou holandeses
A moeda era real mesmo, da realeza portuguesa