Voltando à minha terra, nas ramadas,
já não ouvi cantar de passarinho…
Uns ouvi em gaiolas penduradas,
cantando prêsos, sem amor, sem ninho…
O Sirigi, com águas emprestadas,
corre tristonho por ali sòzinho…
Passam crianças fracas no caminho…
Foram-se as serenatas e as toadas…
E amo ainda essa terra. Eu sei querer
muito mais nos momentos de sofrer
do que nas horas de satisfação…
Sêres e coisas nossas, se os amamos,
seja com erro ou não os aceitamos,
amando-os afinal como êles são.
Colaboração de Pedro Malta