Nas madrugadas de verão, costumo
Levantar-me com o claro do sol radioso,
E encontro um novo e delicioso pouso
No meu viver. Tomo café, e fumo!
Seguindo, então, meu pensamento e rumo
De ideias gratas e felizes ouso,
Pensar que o mundo é plácido e formoso
E é ditosa a existência, que eu consumo.
Ditosa, sim, porque é ventura plena
Encher a noite de ósculos de amor
E, após, gozar esta manhã tão linda…
Enquanto tu, oh! Laura, assim serena…
No nosso leito, sob o cobertor,
Fatigada de amar, dormes ainda!
Colaboração de Pedro Malta